Equipes com motor Mercedes são contra pontuação dupla nas três últimas corridas

Mercedes F1

A questão da pontuação dupla no final da temporada de F1 gerou polêmica desde sua introdução no final do ano passado. A coisa ficou de uma maneira que o vencedor do GP de Abu Dhabi marcará 50 pontos e o terceiro colocado vai marcar 30, ou seja, mais do que o vencedor de qualquer outro GP de 2014.

Bernie Ecclestone, o dono da ideia, agora está forçando para que as últimas três corridas tenham pontuação dupla, o que exigiria a aprovação unânime das equipes.

Mas com os problemas óbvios enfrentados pelas equipes Renault nesta fase inicial da temporada – a Red Bull em particular – a ordem entre as equipes apoiadas pelas Mercedes é bloquear essa tentativa.

Uma figura sênior de uma das equipes clientes salientou que “os perus dificilmente votarão pelo Natal” , enquanto o chefe da equipe Mercedes, Toto Wolff, disse na semana passada que a F1 deveria ouvir seu público – os fãs – que ficaram irados com a ideia da pontuação dupla.

A Renault prometeu uma correção de seus problemas com o novo turbo híbrido para o próximo teste no Bahrain, mas a Red Bull já está com um pé atrás após quase não ter andado em Jerez.

A fabricante francesa parece pronta para começar a temporada atrás das equipes movidas pelos motores Mercedes e Ferrari e certamente gostaria da chance de diminuir a diferença em outubro e novembro, com três corridas com pontuação dupla. Então, agora começou um jogo político e há um forte lobby contra.

O histórico da Red Bull nas três últimas corridas das últimas cinco temporadas é muito forte.

Em 2009, o Red Bull venceu as últimas três corridas, duas com Vettel e outra com Webber. Em 2010 Vettel venceu duas das últimas três corridas. Em 2011 ele já havia conquistado o título nessa fase. Em 2012, ele conseguiu um segundo e um terceiro lugar. E em 2013 ele ganhou todas as últimas três corridas.

Ecclestone, entretanto, saiu com a afirmação surpreendente de que ele teve a ideia da pontuação dupla para ajudar a Ferrari. Ele tornou pública algumas citações, sugerindo que teria dito ao presidente da Ferrari que ele tinha feito isso para ajudar a sua equipe, já que eles não estão conseguindo vencer.

Luca di Montezemolo disse logo após a regra da pontuação dupla ser anunciada em dezembro de 2013, que achava isso “artificial demais“.

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