Únicos brasileiros nos carros, dupla Guiga / Youssef está pronta para os 9.111 km do Rally Dakar

quarta-feira, 31 de dezembro de 2014 às 12:25

Equipe Mitusbishi

Partindo de Buenos Aires (ARG) no dia 4 de janeiro de 2015, os brasileiros Guilherme Spinelli e Youssef Haddad levam as cores do Brasil em seu ASX Racing para o maior desafio off-road do planeta, o Rally Dakar. Serão a única dupla do país a disputar a prova nos carros.

“É uma grande responsabilidade. Mas vamos enfrentar todos os outros países e todas as outras equipes para representar o Brasil da melhor forma possível”, destaca Guiga Spinelli, que vai para a sua 7ª participação no maior rali do mundo.

O Rally Dakar terá 9.111 quilômetros passando por três países: Argentina, Chile e Bolívia. O penúltimo dia será o mais longo da história, com 1.024 quilômetros, entre as cidades de Termas Rio Hondo e Rosario, na Argentina.

Mas é na divisa entre Bolívia e Chile que a Equipe Mitsubishi Petrobras enfrentará a maior especial, com 781 quilômetros, de Uyuni até Iquique. “Estamos com dois carros e com uma equipe bastante experiente que irá nos ajudar a buscar os melhores resultados possíveis”, garante Spinelli. O total de especiais do Dakar 2015 é de 4.578 km.

A grande novidade na Equipe Mitsubishi Petrobras para este ano é a estreia dos portugueses Carlos Sousa e Paulo Fiuza, que tem grande experiência e um currículo invejável no rali cross-country. Com o ASX Racing, acabaram de vencer o Atacama Rally, disputado na mesma região por onde passa o Dakar. “Estamos preparados, não só no carro, mas também toda a equipe e as duplas. E teremos ao nosso lado os experientes Carlos e Paulo, com quem poderemos trocar informações diariamente para aperfeiçoar nosso ritmo”, empolga-se Youssef.

Disputado no Chile, a prova foi usada pela Equipe Mitsubishi Petrobras como um grande laboratório para adequar o ASX Racing às provas em deserto e testar as novas configurações feitas após o título no Rally dos Sertões.

Além de percorrer o Deserto do Atacama, um dos mais desafiadores do mundo, a prova cruza duas vezes a Cordilheira dos Andes, onde a altitude e as baixas temperaturas são os grandes adversários.

“A altitude é sempre uma situação bem crítica para os carros e para as duplas. Mas já fizemos uma configuração prévia”, adianta Guiga. “Pela primeira vez teremos uma etapa maratona. É um dia bem crítico, onde não temos a equipe para fazer a revisão tradicional no carro. Serão dois dias que passam a ser somados como um, totalizando 1.380 km e 553 km de especiais”, explica. A etapa maratona abrange o 10º e 11º dias, entre as cidades de Calama (CHL) e Termas Rio Hondo (ARG).

Além de Guiga e Youssef, o Brasil terá Jean Azevedo nas motos, André Suguita nos quadriciclos e Maykel Justo como navegador de um piloto português. “É uma pena o Brasil ter tão poucos competidores no Dakar, mas isso nos dá ainda mais motivação para representarmos bem o nosso País”, lamenta Guiga.

EB - www.autoracing.com.br

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