Symonds explica como Schumacher se destacou na F1

sábado, 19 de janeiro de 2019 às 10:37

Michael Schumacher no GP da Bélgica de 1994

Pat Symonds explicou como o heptacampeão mundial Michael Schumacher liderou uma nova era de pilotos de Fórmula 1, depois de trabalhar com o alemão na Benetton. Symonds foi o engenheiro de corrida de Schumacher na Benetton, quando o piloto alemão ganhou seus dois primeiros títulos em 1994 e 1995.

A ética de trabalho de Schumacher e sua forma de lidar nos finais de semana de corrida era algo que o mundo da Fórmula 1 nunca havia visto antes, de acordo com Symonds.

Falando no Autosport International Show, o ex-engenheiro de corrida acredita que Schumacher criou uma nova abordagem para a Fórmula 1, algo que acabaria sendo imitado por outros pilotos.

“Michael realmente era diferente, tinha a ver com a ética do trabalho e a atenção aos detalhes”, explicou Symonds. “As melhorias incrementais que realmente uniram tudo foram surpreendentes. Ele estabeleceu novos padrões em fitness, sua atenção aos detalhes e a inteligência que ele aplicou às coisas”.

“Se você se lembra, naqueles dias nós costumávamos treinar na sexta e no sábado, e nós tínhamos classificação sexta e sábado também. Mas o mais importante, no domingo de manhã, nós tivemos uma pequena sessão de meia hora; o warm up”, lembrou.

“Eu costumava trabalhar com ele no carro, até o final da classificação de sábado. Estávamos sempre tentando melhorar o carro. Então, no domingo, dizíamos: ‘esse é o melhor que conseguimos, agora cabe a você gastar meia hora pensando em como tirar o melhor proveito disso'”, prosseguiu.

“Então ele iria para a corrida sabendo se ele salvava seus pneus um pouco mais em certa curva, ele poderia fazê-los durar um pouco mais. Se ele fosse um pouco mais lento naquela curva, então ele seria mais rápido saindo de outra que lhe dava melhor velocidade na reta, todo esse tipo de coisa”, comentou.

“É esse nível de atenção aos detalhes e essa busca por desempenho incremental que nunca tínhamos visto antes na Fórmula 1. Pode ter havido alguns, como Alain Prost, que o tiveram naturalmente, mas Michael, foi uma ética de trabalho que o trouxe para lá”, concluiu Symonds.

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