Stock – JL divulga conclusões sobre o acidente com Tuka Rocha e anuncia mudanças no carro

quarta-feira, 13 de julho de 2011 às 23:08

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Foto 1: início do fogo foi na lateral do carro de Tuka Rocha

Após uma semana e meia de estudos sobre o que teria provocado o incêndio no carro do piloto Tuka Rocha, da equipe BMC-Vogel, a JL Racing, fabricante do carro, divulgou na tarde desta quarta-feira uma nota apontando as principais conclusões sobre o incidente. Além disso, já foram anunciadas mudanças a fim de aumentar a segurança dos pilotos e que entrarão em vigor na próxima etapa do campeonato, que será no dia 6 de agosto, em Interlagos (Corrida do Milhão).

“Após vários estudos de imagens de TV, fotos e no carro de Tuka Rocha, concluímos que o fogo começou na fibra externa onde é colocado o material especial de absorção de impactos laterais. O indício é que o escapamento colocou fogo na peça, como pode ser observado em uma das imagens capturadas da transmissão de TV (FOTO 1)”, diz Zequinha Giaffone, diretor da JL Racing.

Além da perícia no carro de Tuka e da análise de imagens da corrida, os técnicos da JL fizeram novas simulações na sede da empresa, em Cotia (SP), utilizando os mesmos materiais do local onde, pelas imagens de TV, mostrou-se o princípio de incêndio. A intensidade do fogo e a cor da fumaça foram idênticas aos do acidente (FOTOS 2 e 3) na simulação feita com fogo controlado e ventiladores industriais.

Foto 2: carro de Tuka Rocha no incidente do Rio

Foto 2: carro de Tuka Rocha no incidente do Rio

“Fizemos testes separadamente ateando fogo no material de absorção e ele não incendiou daquela maneira. O mesmo ocorreu com as partes de fibra com tratamento anti-chamas, mostrando que são eficientes de forma isolada. Ou seja, elas só são inflamáveis se expostas ao fogo sob uma convergência de fatores, como ângulo do vento e posicionamento das peças de fibra ao seu redor. Porém, mesmo sendo um caso isolado, não queremos correr riscos e vamos trocar o material”, diz Giaffone.

O Comissário Técnico Jean Brambilla acompanhou os métodos e processos da análise feita pela JL. Segundo Brambilla, tudo foi feito dentro dos padrões praticados pela indústria automobilística:

“Os trabalhos realizados pelo construtor indicaram uma série de ações e soluções que serão tomadas em conjunto com a promotora da categoria e a CBA. Vamos acompanhar os resultados obtidos com essas alterações para evidenciar a funcionalidade dessas propostas. Nos próximos dias o Conselho Técnico Desportivo Nacional, CTDN, emitirá um adendo técnico para especificar essas modificações, que envolvem alterações que tratam das condições de segurança do piloto.”

O estudo da JL também descartou outras hipóteses do princípio de incêndio. “O tanque de combustível ficou intacto e também não houve nenhum vazamento de óleo. O pneu traseiro também não teve relação direta: só furou porque superaqueceu”, diz Giaffone.

“As mudanças feitas após o incidente com o piloto Cacá Bueno (no começo de 2009) se mostraram eficientes nas 30 corridas desde então: mudamos o escapamento e adotamos uma série de medidas, como o tratamento das carenagens com produto anti-chamas.

Porém, estas mudanças não foram suficientes para evitar o incidente ocorrido na ultima etapa. Por este motivo, estaremos introduzindo novas mudanças nos carros, com efeito imediato, já para a próxima etapa, em São Paulo, e um relatório completo com todos os estudos que fizemos para chegarmos a estas conclusões ficará em breve disponível no site da JL.

Foto 3: simulação do incêndio com os mesmos materiais na JL Racing

Foto 3: simulação do incêndio com os mesmos materiais na JL Racing

As mudanças no carro da Stock Car, que foram discutidas e aprovadas em reunião da JL com equipes, pilotos, Vicar e dois representantes da CBA, serão as seguintes:

1) Substituição do material de absorção de impacto lateral;
2) Remoção da entrada de ar do teto;
3) Troca do material do visor da parede corta-fogo;
4) Vedação completa da parede corta fogo-traseira;
5) Tratamento anti-chamas de novos componentes em locais que serão orientados pelo fabricante e serão vistoriados pela CBA;
6) Substituição da mangueira na saída do respiro do tanque até a parede corta fogo por um tubo de alumínio.

AS – www.autoracing.com.br

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