Stock Car – “Trocamos um motor ruim por outro pior”, lamenta Fogaça

domingo, 23 de março de 2014 às 14:12

Fábio Fogaça

A esperança de uma corrida de recuperação neste domingo, durante a abertura da temporada de 2014 da Stock Car em Interlagos, acabou se transformando em frustração para o piloto sorocabano Fábio Fogaça. Correndo em dupla com o ex-campeão da categoria, David Muffato, Fogaça partiu para a prova deste domingo com as expectativas renovadas depois da troca de motor realizada pela equipe Carlos Alves – em razão de uma quebra sofrida no classificatório de sábado. Mas, ainda assim, terminou o fim de semana com um desempenho ainda pior.

“Recebemos um motor ainda pior que o de ontem, que mesmo antes da quebra já mostrava uma certa perda de competitividade. Depois das primeira voltas de aquecimento, saí para a corrida de hoje com a certeza de que muito pouco poderia ser feito. Nas retas, tamanha era a falta de potência, sequer consegui aproveitar a sexta marcha. Realmente foi uma corrida para ser completamente esquecida. Felizmente, ela vale menos pontos para o campeonato, mas em uma categoria do nível da Stock Car, fica difícil admitir que haja a troca de um equipamento comprometido por outro ainda pior”, desabafou o piloto.

A pontuação reduzida mencionada por Fogaça deve-se ao fato do regulamento particular desta etapa – que mescla os pilotos titulares com convidados vindos de outras categorias do automobilismo nacional e internacional. Para evitar distorções de maiores proporções no campeonato causada por uma prova que pode ser considerada festiva, somente os doze primeiros colocados ganharam o direito de somar pontos, e o vencedor ficou com 50% da pontuação regular das outras onze provas do calendário.

“Todas estas coisas minimizam o prejuízo, mas ainda assim fomos prejudicados”, declarou o piloto. “Meu carro era bom e rápido no miolo do circuito, mas o desempenho do motor faz muita diferença em Interlagos. poderíamos ter subido muito, ainda mais em razão das inúmeras alternativas apresentadas por esta prova. Infelizmente, ficará para a próxima”, acrescentou.

Todos os motores da Stock Car devem, por regulamento, apresentar o mesmo desempenho e são fornecidos às equipes pela organização. Nenhuma alteração ou ajuste pode ser feito nos propulsores pelas equipes – tudo em nome do equilíbrio da categoria. Em geral, esta lógica funciona e tem garantido o espetáculo característico da Stock Car. Mas exceções como a deste fim de semana acabam acontecendo, sem chance de defesa para os pilotos.

“O que fica de positivo desta etapa é que pudemos comprovar que o acerto do nosso carro é rápido. Temos um bom desempenho no miolo, o que comprova que temos um set up eficiente. Fica a expectativa para a próxima etapa e o objetivo vai ser recuperar o tempo perdido”, encerrou o piloto, que correndo em dupla com Muffato fechou a prova na 24a posição.

EB - www.autoracing.com.br

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