Stock Car – Pneus preocupam chefe de equipe de Barrichello

Rubens Barrichello

Talvez até incomuns para esta época de outono, as temperaturas em torno dos 30 graus previstas para o fim de semana na região de Porto Alegre exigirão cuidados redobrados das equipes em relação ao consumo de pneus na etapa da Stock Car marcada para domingo no velho autódromo de Tarumã. “Vamos ter de adotar um acerto conservador e os pilotos também precisarão se preocupar com essa questão”, alerta Maurício Ferreira, diretor-técnico da Medley/Full Time e responsável pelo carro de Rubens Barrichello.

A cautela pregada por Ferreira encontra respaldo na abertura da temporada em Interlagos, onde diversos carros ficaram pelo caminho com os pneus destroçados. Em Curitiba, na prova seguinte, o tempo frio e úmido contribuiu para minimizar o consumo dos pneus, mas o prognóstico da meteorologia para os próximos dias na capital gaúcha voltou a acender o sinal amarelo. “Não é apenas por causa do calor, mas também porque o piso de Tarumã sempre foi conhecido por acentuar o desgaste da borracha”, acrescentou. No ano passado, ainda com outro fornecedor, as equipes chegaram a cogitar a troca dos pneus durante a corrida, prática que acabou não sendo necessária, apesar da forte exigência a que foram submetidos num asfalto classificado como “lixa” por vários pilotos. O pneu traseiro direito é o que costumas sofrer mais no veloz traçado localizado na pequena cidade de Viamão.

Apesar da preocupação com os pneus, Ferreira espera uma evolução da equipe no Rio Grande do Sul. Em Curitiba, Barrichello somou seus dois primeiros pontos no campeonato e a expectativa é que, cada vez mais adaptado ao carro e aos “usos e costumes” da categoria, os resultados melhorem a cada prova. “Ele esteve na oficina três vezes depois de Curitiba, conversamos bastante e ele está animado com a corrida de Tarumã”, diz o chefe de equipe, que espera receber a próxima visita do piloto assim que o novo comentarista da Fórmula 1 da TV Globo regressar do Bahrain.

De acordo com o formato modificado em relação às temporadas passadas, as atividades de pista em Tarumã serão abertas no sábado para as duas sessões de treinos livres e as tomadas classificatórias. O modelo vinha sendo utilizado apenas em Ribeirão Preto e Salvador, cidades que promovem as corridas de rua. “Um dia a menos representa economia de diárias de hotel e alimentação, mas esse é apenas um aspecto de um pacote mais amplo de medidas que foi acertado e que ainda não foi implantado. Está valendo pelo conceito, porque a volta ao sistema anterior seria um retrocesso. Quebramos um ovo, agora temos de fazer o omelete, porque não é possível mais colocá-lo de volta à casca”, conclui Ferreira.