Stock Car – Equipe de Campos e Pizzonia faz avaliação positiva do ano

Júlio Campos

O desfecho desapontador e inesperado – os pilotos Júlio Campos e Antonio Pizzonia não completaram a última etapa, com pontuação dobrada – não ofuscou o excelente desempenho da Prati-Mico’s Racing na temporada da Stock Car, encerrada neste domingo no Autódromo Internacional de Curitiba-Pinhais com o título inédito de Rubens Barrichello (Full Time). Mesmo zerando na prova, a equipe comandada pelo uruguaio Juan Carlos “Mico” Lopez terminou em 3º na classificação geral, atrás apenas da equipe do novo campeão e da Red Bull.

O resultado representou um salto de qualidade notável – o melhor de uma equipe em 2014. No ano passado, a Prati-Mico’s Racing fechou apenas em 13º. Por isso, a decepção momentânea ao final da corrida logo deu lugar a uma análise serena e realista do desempenho deste ano. “Fizemos duas poles, ganhamos três etapas, levamos os dois pilotos a brigar pelo campeonato até aqui e também entramos na decisão com chances de levar o título. Foi uma campanha excepcional para nós e temos todas as condições de ir ainda melhor em 2015”, previu “Mico” Lopez.

Campos e Pizzonia pagaram o preço alto de largar no meio do grid – respectivamente em 12º e 14º. Num circuito conhecido pelas armadilhas da primeira curva, um esse que sucede à longa reta dos boxes, os toques acabaram sendo inevitáveis e de cara comprometeram definitivamente as possibilidades da dupla. “Na Stock Car, sair depois de 10º é sempre um problema, principalmente em Curitiba”, observou Campos, que parou diversas vezes para fixar o capô do motor antes da desistência definitiva. O paranaense fechou na 8ª posição.

“Apesar do que aconteceu hoje, a equipe mostrou seu potencial ao longo do calendário. Hoje foi uma jornada excepcional, que não refletiu o que vínhamos fazendo. Foi nosso pior resultado. Mas deu para sentir que vamos voltar a brigar com força no ano que vem”, afirmou Campos, dono de duas poles – Cascavel e Velopark – e com sua primeira vitória na categoria conquistada no início de novembro em Tarumã.

O discurso positivo de Campos foi adotado também pelo companheiro. “Só posso estar satisfeito com o que conseguimos. Comecei o campeonato me readaptando à categoria, já que em 2013 passei por outras séries, e fui ficando cada vez mais competitivo. Ganhei em Santa Cruz do Sul e repeti a vitória em Tarumã. No final, ajudar a equipe a ficar em 3º numa categoria tão equilibrada só pode ser motivo de satisfação”, continuou o amazonense, 9º na classificação final.

Com as cortinas fechadas, a Stock Car só voltará a se reunir na primeira semana de fevereiro, novamente em Curitiba, para a única sessão de testes antes da abertura do campeonato no dia 21 de março, em Goiânia.