Stock Car define grid em sua pista mais “estranha”

sexta-feira, 24 de abril de 2015 às 12:10

Júlio Campos

Depois de uma corrida em duplas em Goiânia e outra no traçado de rua de Ribeirão Preto, a Stock Car abre neste fim de semana o seu calendário “regular” no Autódromo do Velopark, em Nova Santa Rita, pequeno município localizado na região metropolitana de Porto Alegre. Regular no sentido de pista permanente, mas ímpar em suas características. Com apenas 2.278 metros de comprimento, é a única em que o melhor tempo de um piloto pode vir depois de uma volta “suja”, sem que ele consiga fazer sua marca mais rápida em nenhum dos quatro trechos cronometrados.

Pole do ano passado e derrotado na corrida pela explosão de um disco de freio quando liderava com folga, o paranaense Júlio Campos tem a explicação para o fenômeno. “As parciais são bastante curtas, bem como as diferenças entre cada piloto. Por isso, pode mesmo ocorrer de você fazer sua melhor volta com os trechos da cronometragem em branco, e não em verde como é comum nos demais circuitos”, observa o piloto da Equipe Prati-Donaduzzi, que chegou ao Sul ocupando a terceira colocação com 29 pontos e sonhando desbancar o líder Cacá Bueno (Red Bull), apenas quatro à sua frente.

Campos brilhou no qualifying do ano passado ao registrar as duas melhores voltas numa sessão disputadíssima, na qual os oito primeiros ficaram separados por pouco mais de um décimo de segundo. A que lhe valeu a pole foi estabelecida em 53s701, à média horária de 152,71 km. A receita do acerto bem-sucedido seria utilizada como base a partir da abertura dos ensaios livres desta sexta-feira. “A diferença para a corrida anterior são os pneus Pirelli, que foram modificados em relação a 2014”, observa o uruguaio Juan Carlos “Mico” Lopez, diretor-técnico da Equipe Prati-Donaduzzi.

“Mico” encara a primeira etapa do calendário em solo gaúcho como a oportunidade real para iniciar o trabalho de desenvolvimento do carro. “Até agora, tivemos os treinos coletivos em Curitiba, uma pista onde sempre tivemos dificuldades, a corrida de Goiânia, na qual a maior parte foi dedicada à adaptação dos pilotos convidados Bruno Senna e Nicolas Prost, e Ribeirão Preto, marcada pela instabilidade climática – choveu e parou o fim de semana inteiro. Fomos muito bem aqui no Velopark na última vez e agora temos de ver como o carro se comporta aqui com os pneus deste ano”, explicou.

Os ares do sul do País parecem fazer bem à Prati-Donaduzzi. Além da pole de Campos, a equipe venceu três provas no ano passado, duas na dobradinha histórica do paranaense e seu companheiro Antonio Pizzonia em Tarumã e outra do amazonense em Santa Cruz do Sul. A quebra mecânica de Campos no Velopark é até hoje lamentada por Mico. “Perdemos 24 pontos praticamente certos e mais alguns que poderiam vir na segunda corrida, quando o Julinho saiu dos boxes porque foi impossível reparar os danos no carro de uma bateria para outra. Com esses pontos, teríamos chegado à decisão em Curitiba numa condição bem melhor para brigar pelos títulos de pilotos e equipes.”

As atividades serão retomadas neste sábado a partir das 8 horas, com a realização da segunda e última sessão de treinos de cada um dos dois grupos de pilotos. A ordem de largada será conhecida após as tomadas classificatórias, com início previsto para as 12 horas. O Q1 selecionará os 10 mais rápidos que brigarão pela pole no Q2.

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