Stock Car chega à Brasília com grande expectativa em torno das novas regras

Luciano Burti

Olhando assim, nem parece tão complicado. São apenas cinco curvas, quatro delas pra direita, e outra pra esquerda. Mas as aparências enganam: o anel externo do circuito de Brasília, que recebe neste domingo (2) a quinta etapa da temporada da Stock Car, é um dos mais exigentes do calendário. O asfalto é bastante abrasivo, a média de velocidade chega aos 180 km/h, e encontrar o equilíbrio do carro para os 2.919 metros do circuito é um baita desafio.

Acrescente aí a recente limitação imposta pelo regulamento, que não permite mais alterações de mola. “Vai ser diferente, mas ainda não dá para saber se vai ser melhor ou pior. O maior dilema é esse, a limitação do ajuste de mola”, destaca Luciano Burti, piloto da equipe Boettger. Essa regra estreou na corrida passada, mas por se tratar de um traçado atípico (o circuito de rua de Salvador, na Bahia) é a pista de Brasília que deve trazer respostas.

“Fica a expectativa de saber se essa regra será melhor para nós, por exemplo, que ainda não havíamos alcançado o desempenho esperado, ou para aquelas equipes que já estão andando na frente. Com certeza, essa especificação de mola prevista no regulamento não é a que utilizaríamos, então será interessante observar os resultados dessa limitação”, acrescenta o piloto, quinto colocado em Brasília no ano passado.

“Brasília é naturalmente um circuito complicado para ajustar o carro. São poucas curvas, mas elas são muito diferentes. Todo mundo anda perto, com diferenças pequenas de tempo, mas por outro lado é difícil ganhar alguns décimos nessa pista”, avalia Burti. Ingredientes que tornam ainda mais interessante a corrida deste domingo, marcada para 11h00, com transmissão ao vivo do Sportv.