Red Bull rebate McLaren e nega medo do motor de 2026

terça-feira, 28 de outubro de 2025 às 9:23

McLaren e Red Bull

A Red Bull insiste que o desenvolvimento intenso do carro de 2025 não tem nenhuma ligação com o projeto do novo motor Red Bull-Ford para 2026.

A equipe respondeu com firmeza às insinuações do chefe da McLaren, Andrea Stella, que havia sugerido que os austríacos estariam sacrificando o futuro para manter vivas as chances de Max Verstappen no campeonato.

Mekies garante: “Não há relação com 2026”

Primeiro, Helmut Marko rejeitou a teoria. Logo depois, foi a vez do chefe da equipe, Laurent Mekies, reforçar o posicionamento com clareza.

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“Isso não tem nada a ver com 2026”, afirmou Mekies. “Se terminássemos a temporada sem extrair o máximo deste carro, chegaríamos ao próximo ano cheios de dúvidas. Por isso, decidimos investir mais para corrigir áreas críticas e encontrar mais performance”.

Segundo o francês, esse esforço imediato fortalece a base técnica para o futuro.

“Esse trabalho adicional aumenta nossa confiança em ferramentas, métodos e processos que também valerão para o novo regulamento. Sim, teremos menos tempo para o projeto de 2026, mas essa é uma decisão calculada. Não tem relação com o motor. É um investimento estratégico, não um risco”

Além disso, Mekies deixou claro que a decisão não envolve risco, e sim aprendizado.

“Fazemos isso porque acreditamos que o retorno será maior. Estamos testando e validando métodos que poderão ser aplicados diretamente no carro de 2026. É um investimento técnico, e não uma aposta. Mesmo havendo um preço a pagar, vale a pena”.

Enquanto isso, embora Verstappen tenha mostrado força nas últimas etapas, o GP da Cidade do México interrompeu o embalo da Red Bull.

Lando Norris voltou a vencer e recuperou a liderança do campeonato, ultrapassando um Oscar Piastri que segue em queda. Apesar disso, Verstappen reduziu a diferença para 36 pontos – portanto, manteve suas chances de brigar pelo título.

McLaren retoma confiança após vitória de Norris

Para Stella, o resultado no México marcou uma virada de ânimo.

“Verstappen ainda é um rival perigoso, mas as próximas corridas parecem favoráveis para nós”, destacou o italiano. “A confiança na luta pelo título aumentou porque mostramos que temos um carro capaz de vencer e até dominar em determinadas condições”.

O chefe da McLaren acrescentou que a equipe reencontrou o rumo certo.

“O mais importante para Lando e Oscar é manter o nível de competitividade. Não é uma questão de matemática, e sim de ritmo e desempenho. Após etapas difíceis em Monza, Baku, Singapura e Austin, confirmamos que voltamos fortes”.

Mesmo com o declínio recente de Piastri, Stella manteve o otimismo.

“Embora ele tenha perdido pontos para Verstappen, o aprendizado foi enorme. Esse tipo de experiência é essencial para manter a competitividade até o fim. Saímos do México mais confiantes e preparados para o que vem pela frente”.

Marko mantém a confiança em Verstappen e mira reação

Do outro lado, Helmut Marko garantiu que o campeonato segue em aberto.

“Ainda há 116 pontos em jogo e nenhuma equipe domina todas as pistas. A disputa continua viva”, lembrou. “Confiamos em Max. Além disso, temos a vantagem de concentrar todos os esforços nele. Espero que a McLaren mantenha o fair play entre seus dois pilotos”.

Marko ainda elogiou o desempenho do holandês no México.

“Sabíamos que nosso ritmo de corrida seria melhor. Max é como um cão de caça – quando sente o cheiro da vitória, ele não desiste”.

Norris sob pressão: nova liderança, novas dúvidas

Enquanto Verstappen segue no encalço, a pressão agora recai sobre Lando Norris, vaiado pela torcida mexicana após a vitória.

O ex-piloto Timo Glock, hoje comentarista da Sky Deutschland, analisou o desafio mental do britânico.

“A grande dúvida é se Norris conseguirá aproveitar essa segunda chance como líder ou se voltará a sentir o peso da pressão. Ele entendeu o que o travou antes, quando não conseguiu pilotar com liberdade?”

“Se ele aprendeu a lidar com a pressão, as chances estão do lado dele. Mas, claro, isso é fácil de dizer. Quando o capacete é colocado e a tensão aumenta, tudo muda”.

 

LS - www.autoracing.com.br

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