Por que São Paulo pediu adiamento de uma semana para o GP de Fórmula 1?

terça-feira, 17 de agosto de 2021 às 13:46

São Paulo

Como o Autoracing já publicou aqui, os organizadores do GP de São Paulo de Fórmula 1 afirmaram que o evento de 2021 acontecerá, mas preferem que seja adiado em uma semana.

A Fórmula 1 do Brasil não veio ao Brasil 2020 devido à pandemia e seu futuro estava envolto em incertezas em meio a uma tentativa patética de transferir o evento para uma cidade onde sequer havia um autódromo.

No entanto, um novo contrato de cinco+ cinco anos e um novo promotor, mantendo o GP em Interlagos, foi acertado.

O evento de São Paulo estava inicialmente agendado para 14 de novembro, mas foi antecipado para 7 de novembro, formando uma rodada tripla com Estados Unidos e México, a fim de abrir espaço para a Austrália.

Mas, desde então, o GP da Austrália foi cancelado, deixando uma vaga no cronograma entre a corrida de São Paulo em 7 de novembro e o GP da Arábia Saudita em 5 de dezembro.

Na segunda-feira, figuras importantes em São Paulo deram uma coletiva de imprensa em antecipação ao evento e revelaram que um pedido foi feito para adiar a corrida para 14 de novembro.

O pedido para mover a corrida para a data originalmente programada foi motivado pelo desejo de realizar o evento no final de semana de feriado nacional, dia 15 de novembro no Brasil, dia da Proclamação da República.

“Se esse pedido for aceito, para nós aumenta muito o ingresso de receita na cidade e no estado”, disse o governador de São Paulo João Doria. “Podemos ter uma expansão de 25% na receita da Fórmula 1 em São Paulo.”

Considerando os quase 8 mil empregos – a maioria temporários -, além das receitas com hotéis, bares, restaurantes, transportes aéreos e terrestres, alugueis de carro e etc., a cidade e o estado devem arrecadar mais de R$ 700 milhões na semana do GP do que numa semana sem GP, um retorno estrondoso, considerando o investimento total de pouco mais de R$ 130 milhões para realizar o evento.

Também foi delineado a capacidade de 100% do autódromo, dependendo da taxa de vacinação que puder ser alcançada. Realizar o evento uma semana depois também ajuda nisso, ainda mais que o Brasil é um dos três países – junto com a Turquia (3 de outubro) e o México (31 de outubro) – que por enquanto permanecem na lista vermelha do Reino Unido devido à pandemia do coronavírus.

Isso significaria que todo o pessoal baseado no Reino Unido – que é uma grande parte do paddock – teria que passar 10 dias na quarentena do hotel ao retornar, isso se os protocolos atuais permaneceram em vigor.

O status do Japão permanece incerto devido às rígidas restrições de entrada do país, embora recentemente tenha sediado as Olimpíadas, enquanto as Paraolimpíadas devem começar na próxima semana.

Se a Fórmula 1 receber luz verde para visitar o Japão, então o fará sob rígidas diretrizes semelhantes às da rodada de Abu Dhabi do ano passado, com voos charter e segurança no hotel para manter a biosfera.

A presença do Japão é atualmente crucial para a rodada da Turquia; ir direto para o Japão, onde o limite de 10 dias pode ser cumprido, evita a necessidade de quarentena em hotéis no retorno ao Reino Unido.

Discutiu-se sobre um possível segundo evento nos EUA, no Circuito das Américas, embora a situação nas proximidades de Austin tenha piorado.

Vários eventos culturais em Austin foram adiados nos últimos dias devido a um aumento de casos, que tem sobrecarregado os recursos médicos, com dados da segunda-feira sugerindo que apenas um leito de UTI permanece desocupado na região.

AS - www.autoracing.com.br

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