Pensa bem, Felipe…

terça-feira, 6 de setembro de 2016 às 15:34
Felipe Massa

Felipe Massa

Uma pena que o Felipe Massa parece ter descartado continuar sua carreira no automobilismo na Indy ou na Stock Car.

Explico. Pra mim são as duas melhores categorias disparado nas quatro rodas depois da F1 para pilotos brasileiros. Ambas tem transmissão de toda a temporada ao vivo pela TV, são bastante desafiadoras e o mais importante; são bem conhecidas pelos fãs e patrocinadores brasileiros.

A Indy é muito “adrenalizante” com seus carros muito rápidos e “abrutalhados” como os F1 de antigamente. A categoria vem se recuperando nos últimos anos, algumas pistas mistas excelentes voltaram ao calendário, o nível de pilotos está cada vez melhor e as corridas são muito disputadas. Além disso a Indy ainda mantém o reabastecimento e as trocas de pneus “à vontade”, ítens que encaixam como uma luva na pilotagem de Massa.

Lógico, tem alguns ovais meio bizarros ainda, mas cada vez menos. Tenho certeza que o Felipe encontraria uma equipe de ponta lá e faria grande sucesso!

A Stock Car – para o meu gosto – é a melhor categoria de turismo que existe quando levamos em consideração as circunstâncias. O carro não é o mais rápido nem o mais tecnológico do mundo, mas isso são detalhes menores no caso. As corridas – agora em rodadas duplas, que se provou uma ótima sacada – são extremamente disputadas, o nível da maioria dos pilotos é altíssimo, há grande público e todas as corridas são televisionadas para todo o Brasil, assim como na Indy.

Na Stock Felipe podia inclusive continuar morando em Mônaco, já que o calendário é pequeno e ele precisaria se deslocar poucas vezes da Europa para o Brasil.

O WEC é bacana, os carros são muito rápidos, mas trata-se de corrida de endurance, o público presente é muito pequeno – quase irrisório nas maioria das corridas – e os carros tem muita ajuda artificial à pilotagem, os famosos driving-aids que deve tirar muito do tesão do piloto em domar a máquina. Além disso, praticamente não tem transmissão ao vivo pela TV aqui no Brasil.

Felipe podia fazer como Hulk… arrumar uma equipe pra fazer as 24 horas de Le Mans e pronto.

A DTM eu até já desisti de assistir. Os carros são sensacionais. Mercedes, BMW e Audi fazem os carros de turismo mais rápidos do planeta, mas também são cheios de driving-aids e as corridas estão ruins, muito ruins. E pior que isso, a fábrica dominante sempre “escolhe” um piloto para vencer e muitas vezes todos os outros pilotos da mesma marca tem que abrir passagem na pista para o escolhido se colocar melhor. Vi isso acontecer algumas vezes e foi extremamente broxante. Na metade do campeonato em diante, esse tipo de coisa acontece com uma frequência absurda e impressionante!

Ah, tinha esquecido! Falaram em Formula E para o Felipe. Por enquanto não acho uma boa. O carro ainda é extremamente lento para quem sai da F1 e a ausência total de ronco de motor ainda vai demorar para o público se acostumar. No futuro, quando os carros certamente serão muitíssimo mais rápidos do que hoje e farão a corrida inteira sem precisar trocá-los no meio de cada prova, aí talvez sim…

Pensa bem, Felipe…

Adauto Silva

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