Nelsinho Piquet opina sobre pleito de Massa por título na Fórmula 1

domingo, 26 de novembro de 2023 às 8:45

Bernie Ecclestone em papo com Nelsinho Piquet

Polêmicas, críticas, opinião sem censura, vida de recém-casado, bom relacionamento com o cunhado e o pai, lado empreendedor fora das pistas… Nelsinho Piquet abriu o jogo sobre absolutamente tudo em entrevista a Téo José e Alê no “Pod Pai Pod Filho” que está disponível no YouTube do SBT Sports e no próprio canal do “Pod Pai Pod Filho”.

Entre os diversos temas abordados, Nelsinho foi sincero ao opinar sobre o pleito de Felipe Massa em busca do título da Fórmula 1 de 2008. O ex-piloto da Renault disse que o atual companheiro de Stock Car está no seu direito, embora acredite que não vá conseguir mudar a decisão por conta da polêmica do Singapuragate.

“Ele tem o direito de fazer o que quiser. Acho que não vão mudar uma coisa de 15 anos atrás, muito menos um campeonato vencido pelo Hamilton. No máximo, o que acho que pode acontecer, é desclassificarem a Renault da corrida, que o Alonso ganhou. Aí o que acontece? O Hamilton acaba ganhando aquela corrida e ganha com uma margem maior ainda”, disse.

Sobre o período em que esteve na principal categoria do automobilismo, Nelsinho Piquet admitiu que poderia ter seguido outra trajetória e não poupou palavras ao criticar o empresário Flavio Briatore.

“Para mim, foi uma passagem só. Ainda tive a sorte de fazer um pódio… Além de não ter um empresário que estava ali olhando só os meus interesses, era uma agência que tinha vários pilotos. Eu era só mais um na conta. Ainda estava correndo contra o Alonso, que estava no auge da carreira. Se ele está dando esse trabalho hoje, imagina há 15 anos atrás, com 27 ou 28 anos. Ele estava na fase Max Verstappen de hoje em dia. Para mim, mentalmente, era muito difícil. E eu não tinha o suporte de ter alguém que eu confiasse”, analisa.

“Meu pai (Nelson Piquet) não foi em nenhuma corrida no meu primeiro ano. Ele queria deixar que eu tocasse o negócio sozinho. A gente errou nesse ponto de ter assinado com o Flavio, mas era um contrato que não dava para recusar”, acrescenta.

“Além da situação complicada, o Flávio não era uma pessoa normal de conversar. É um cara que não sabe nem falar, é um mamute que chega para você latindo. Metade das coisas você não entende, parece que ele tem alguma coisa na garganta. Ele não entende nada de automobilismo, é um administrador… Só que ele tinha visão, um pouco de pegar as pessoas certas. Ele fez isso muito bem na Benetton, que depois virou Renault. Aí ganhou com o Schumacher e depois o Alonso. Ele tinha essa visão de conseguir pegar o desenhista certo, administração. Mas para ele tudo era negócio, dinheiro. Até por isso, era um piloto reserva com um salário que não existia, ganhava mais dinheiro do que alguns estão ganhando hoje sendo pilotos”, prossegue o piloto, que diz que resolveu abrir a boca sobre a polêmica batida proposital de 2008 após terem quebrado o seu contrato de maneira errada.

Filho do tricampeão mundial de F1, Nelson Piquet, Nelsinho também é cunhado de Max Verstappen, que também ganhou o título da categoria pela terceira vez nesta temporada. Sobre o holandês, o atual piloto de Stock Car comentou a respeito do seu jeito simples e seus hobbies.

“Ele é muito simples, não gosta de atenção. Por exemplo, se fica uma semana aqui, prefere comer em casa a ter que sair e lidar com as pessoas. Prefere ficar vendo TV, abrir o Ipad… Ele gosta bastante de futebol e da equipe online de corrida dele”, afirma.

“Ele adora correr online no simulador, tem a equipe dele… O sonho dele é ter uma equipe de GP3 para poder ajudar esses meninos que começam a correr de simulador, igual um pouco o Gran Turismo fez com alguns pilotos”, completa.

Além de seguir acelerando, Nelsinho Piquet também vive uma vida de empreendedor fora das pistas, principalmente depois que voltou a morar no Brasil, administrando alguns negócios dos quais é dono ou sócio, como um restaurante, uma marca de cachaça, uma casa que aluga nos Lençóis Maranhenses e até uma pista de Kart em Wellington, nos Estados Unidos.

“Quando estava vivendo na Europa, a vida era 100% dedicada a corrida, mas, como qualquer esportista, não vamos viver disso pelo resto da vida. Temos que começar a experimentar fazer outras coisas. Como não fiz nenhuma faculdade, não tenho especialização, estou tentando fazer algumas coisas que aprendi com a vida e as oportunidades vão surgindo”, finaliza.

EB - www.autoracing.com.br

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