Mercedes explica estratégia de Hamilton em Miami

Lewis Hamilton

A Mercedes explicou por que Lewis Hamilton não parou durante o período de safety car no GP de Miami e também revelou o motivo de ter pedido sua opinião sobre a estratégia.

“O safety car virtual veio primeiro e nós chamamos George (Russell), exatamente a coisa certa a fazer”, disse Mike Eillott, diretor técnico da Mercedes, em um vídeo da equipe comentando a corrida.

“Então nós ficamos em uma situação onde teríamos uma grande diferença entre Valtteri (Bottas), seguido de perto por Lewis, e George”.

“Naquele estágio da prova, com Valtteri e Lewis com pneus duros, Lewis estava se aproximando de Valtteri e teria uma chance de fazer uma ultrapassagem normal na pista. Era o que nós esperávamos”.

“Contudo, o safety car virtual rapidamente se transformou em safety car real. Naquele ponto, todo o pelotão se agruparia e nós estaríamos em uma situação na qual George tinha pneus médios novos contra duros desgastados de Lewis e Valtteri. Então, nós ficamos entre a cruz e a espada”.

Elliott admite que o momento do safety car não ajudou Hamilton.

“O safety car veio no momento completamente errado para Lewis”, comentou ele. “Se ele não parasse, teria George atrás com pneus bem mais novos. Se parasse, perderia a posição para George e ficaria atrás dele na pista”.

“Lewis teria pneus novos, mas os únicos novos disponíveis para nós eram os duros e os macios. Você poderia pensar que o macio teria sido uma boa solução, porém nós sabíamos que eles superaqueceriam muito rapidamente”.

“Nós sabíamos que o superaquecimento seria ainda mais rápido porque ele estava logo atrás de George lutando na pista, e isso teria aumentado ainda mais a temperatura dos pneus”.

Quando essa situação ocorreu na corrida, a Mercedes perguntou a Hamilton pelo rádio se ele queria parar. O heptacampeão mundial respondeu que a decisão era da equipe e optou por ficar na pista com pneus duros.

“Nós enfrentamos aquela situação de ficar entre a cruz e a espada, e na realidade não havia uma resposta correta”, acrescentou Elliott.

“Se você estava assistindo a TV, nos ouviu fazendo aquela pergunta a Lewis, o que ele gostaria de fazer. Foi só porque não havia resposta certa ou errada, e às vezes os pilotos têm uma sensação melhor no carro do que nós como engenheiros olhando os dados”.

“Da maneira como as coisas aconteceram, foram só as circunstâncias que prejudicaram Lewis por causa do safety car”.

“Infelizmente, Lewis já teve azar algumas vezes neste ano, mas isso acontece. Eu espero que tudo se equilibre ao longo da temporada e ele tenha algumas vantagens com os momentos de safety car em corridas futuras”.