Herbert: Aumento do teto orçamentário deveria ser rejeitado

quinta-feira, 9 de junho de 2022 às 9:23

Fórmula 1

Johnny Herbert acredita que o teto orçamentário atual de $140 milhões não deveria ser alterado, apesar de algumas equipes estarem pedindo um aumento.

Na tentativa de controlar os custos crescentes na Fórmula 1, foi estabelecido um teto orçamentário que entrou em vigor em 2021. Tendo começado em $145 milhões, ele baixou para os atuais $140 milhões e será reduzido para $135 milhões em 2023.

Entretanto, algumas equipes estão pedindo um aumento do teto orçamentário deste ano, citando a inflação e os custos mais altos de frete/transporte como as principais razões.

As equipes com os maiores orçamentos, como Ferrari, Mercedes e Red Bull, apoiam um aumento do teto orçamentário, enquanto aquelas que têm os menores, como Haas e Alfa Romeo, estão rejeitando a ideia.

Falando à Sky Sports, Herbert sugeriu que a corrida do desenvolvimento dos carros vem provocando as reclamações sobre o teto orçamentário.

“A coisa toda era tentar nivelar o pelotão e reduzir os custos na F1, e isso é o que tem sido feito nos últimos anos”, declarou Herbert.

“O problema é que, quando você está tentando desenvolver os carros, há um grande custo que vai para o teto orçamentário. Gastando demais, o teto não será suficiente para você”.

“Então, o que você vai querer fazer? Tentará aumentá-lo dizendo ‘bem, nós não conseguiremos chegar ao fim da temporada'”.

Aqueles que se opõe à ideia de um aumento do teto orçamentário acreditam que a situação financeira de todas as equipes ainda é controlável.

Fred Vasseur, chefe da Alfa Romeo, comentou anteriormente que as equipes deveriam “desligar seus túneis de vento”, enquanto Gunther Steiner, chefe da Haas, descartou categoricamente a possibilidade de sua equipe perder corridas em 2022.

Herbert concorda que as equipes ainda têm o poder de controlar seu orçamento ao longo da temporada e pediu para a FIA manter o teto atual.

“Para mim, é uma corrida de gerenciamento de dinheiro. Há muitas equipes, como a McLaren, por exemplo, que não chegam ao teto de $140 milhões. Elas ficam bem abaixo, cerca de $130 milhões. Você só precisa controlar isso”, acrescentou Herbert.

“Todos sabiam a quantidade necessária de dinheiro para a temporada: $140 milhões. Agora, você precisa ser capaz de controlar aquele programa de desenvolvimento durante a temporada”.

“Eu creio que isso só pode ser bom. Não acho que deveria ser mudado no meio do ano. Obviamente, será uma preocupação porque eles sabem que estão se aproximando muito rapidamente do teto. Isso só tem de ser gerenciado da maneira correta”.

 

LS - www.autoracing.com.br

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