F1 – Equipes divergem sobre aumento do limite de combustível

sábado, 7 de maio de 2016 às 13:23
Sensor de fluxo de combustível

Sensor de fluxo de combustível

O limite de combustível da Fórmula 1 foi aumentado em 5 kg para 105 kg no último projeto de regulamento esportivo para 2017, mas as opiniões estão divididas sobre se a mudança é boa ou não.

O limite aumentou porque os carros do próximo ano serão mais rápidos e mais pesados, e, com asas e pneus maiores, vão usar mais combustível. Em uma tentativa de reduzir a necessidade de economia de combustível, algo que as equipes têm que fazer em determinados pontos nesta temporada, um aumento foi acordado.

A Comissão da F1 ratificou a alteração, mas Toto Wolff salienta que as equipes que contam com motores Mercedes – a própria Mercedes, Williams, Force India e Manor – todas votaram contra.

“Claire (Williams) afirmou na própria reunião que o mundo inteiro está buscando reduzir as emissões (de gases)”, disse Wolff. “Isto é o que está acontecendo lá fora. Podemos esquecer disso em favor de um aumento do subsídio de combustível de 100 kg para 105 kg?”

“Se o esporte precisar, é justo o suficiente que o façamos, mas a princípio decidimos dizer não. Sabíamos antes que seríamos os únicos quatro votos contra e que é um caso perdido”, prosseguiu o chefe da Mercedes.

Quando os motores V6 turbo híbridos de 1.6 litros foram introduzidos, o objetivo era melhorar a relevância para as ruas, aumentar a eficiência e reduzir as emissões. Chefe de operações da Force India, Otmar Szafnauer acredita que é preciso haver um esforço para reduzir a quantidade de combustível utilizado nas corridas.

“Estes motores híbridos foram introduzidos com objetivo de reduzir a quantidade de combustível que usamos ao longo do tempo”, explicou ele. “Eu ainda acho que devemos reduzir a quantidade de combustível que usamos, apenas para complementar a filosofia que tínhamos quando tudo isto foi introduzido”.

Diretor técnico da Toro Rosso, James Key acrescenta que as mudanças são cruciais para os regulamentos serem compatíveis com a tecnologia atual. “A longo prazo, é sempre uma boa coisa atingir cada vez mais eficiência”, comentou.

“Estas unidades de potência são incrivelmente eficientes agora de qualquer maneira, elas são realmente coisas extraordinárias. Estes motores foram projetados em torno de um determinado chassi e um dado acerto aerodinâmico – e agora você tem que se certificar de que a sua unidade de potência e a forma como a usa seja compatível com o seu design de chassis”, prosseguiu ele.

“Então, se nós precisamos apertar um pouco mais apenas para garantir que as corridas não se tornem eventos de economia de combustível, então isso é provavelmente a coisa certa para o esporte, mas, certamente, a longo prazo, precisamos olhar para a eficiência contínua”, concluiu o dirigente.

Qualquer piloto que exceder o limite de combustível, exceto em casos de força maior, ao longo da corrida, será excluídos dos resultados.

EB - www.autoracing.com.br

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