F1 – Análise da sexta-feira de treinos do GP do 70º aniversário

sexta-feira, 7 de agosto de 2020 às 19:13

Lewis Hamilton

Tudo mudou de um domingo para outro em Silverstone, menos para a Mercedes, Os compostos dos pneus mudaram, as pressões deles após os dramas do final da corrida do último domingo foram aumentadas, a temperatura da pista também subiu.

Tudo isso mudou, mas para a Mercedes não fez muita diferença, já que Hamilton e Bottas dominaram tanto as simulações de classificação de uma volta quanto dos stints longos. E por uma margem segura.

O tempo mais rápido de Hamilton no TL2 (nos médios) foi 0,8 s mais rápido que qualquer outro não Mercedes. Da mesma forma, os stints longos nos mesmos médios (que foram os C3s, macios da semana passada) mostraram a Mercedes longe do pelotão, com Bottas e Hamilton mais de 1s à frente do resto.

Na verdade, isso foi provavelmente um alívio para a Mercedes, já que algumas vezes neste ano sua vantagem habitual diminuiu significativamente quando a temperatura da pista ficou tão alta quanto hoje. Muito trabalho foi feito para entender como gerenciar melhor os pneus – mas, na verdade, o aumento das pressões mínimas obrigatórias em 2 psi na frente (para inéditos 27 psi) e 1 psi na traseira (para 22) provavelmente ajudou a Mercedes em relação aos outros. A maior integridade estrutural do pneu prejudica a aderência – e, portanto a geração de calor.

A Mercedes não parecia ter mais dificuldades do que ninguém com os pneus – dentro do contexto de todos tendo dificuldade, especialmente com os macios (o C4 esta semana). Na semana passada, o C3 era um pouco macio demais para a pista, então obviamente o C4 seria bem mais problemático.

Infelizmente para eles, eles receberam oito conjuntos dos macios que preferem evitar (já que não é nem mesmo um pneu de classificação conclusivamente mais rápido do que o médio) e apenas três conjuntos dos médios e dois dos duros. Portanto, as equipes tiveram que pensar com muito cuidado sobre quando usar quais pneus. Partindo do pressuposto de que esta será uma corrida de no mínimo duas paradas, a estratégia ideal provavelmente envolverá médios e duros.

“Você viu todo mundo correndo apenas com macios esta manhã”, disse Christian Horner. “Isso foi só para queimá-los. Porque todo mundo quer ter o suficiente dos outros pneus disponíveis.” Alguns stints de várias voltas foram tentados no final do TL1 – e previsivelmente pareceu confuso. O pneu dianteiro esquerdo parecia ruim depois de pouco mais de uma volta e os traseiros esquerdos pareciam detonados em seis voltas.

“Sim, os pneus são um pouco macios demais”, disse Bottas, “Mas na verdade o equilíbrio estava muito bom. Foi um ponto de partida muito melhor para nós do que na semana passada e conseguimos melhorar a aderência traseira que faltava na classificação da semana passada.” Bottas fez seu melhor tempo no macio, 0,176s atrás do melhor de Hamilton, que usou médios.

Ritmo de volta voadora
1 Mercedes (Hamilton), 1m25.606s
2 Renault (Ricciardo), 1m26.421s
3 Red Bull (Verstappen), 1m26.437s
4 Racing Point (Stroll), 1m26.501s
5 Ferrari (Leclerc), 1m26.812s
6 McLaren (Norris), 1m26.867s
7 AlphaTauri (Kvyat), 1m27.002s
8 Haas (Grosjean), 1m27.294s
9 Williams (Russell), 1m27.320s
10 Alfa Romeo (Raikkonen), 1m27.535s

“O médio e o macio parecem virar praticamente o mesmo tempo de volta”, disse Hamilton.

“O macio superaquece na segunda metade da volta. O médio vai bem até as últimas duas curvas, quando os traseiros começam a esquentar demais. Mas foi um bom dia, com um bom entendimento, algumas boas descobertas da semana passada foram aplicadas.”

“O macio não foi realmente uma boa escolha da Pirelli”, disse Alex Albon após outro dia difícil tentando encontrar o ponto ideal para o seu Red Bull. “É muito macio para a pista. Acho que provavelmente você verá muita gente tentando se classificar com os médios.”

Os Touros continuam tendo dificuldades com a confiabilidade e o equilíbrio do carro e provavelmente não mostraram todo o seu potencial. Max Verstappen sequer foi o mais rápido depois dos Prateados. Essa honra ficou para Daniel Ricciardo com sua Renault, que parece ter se aprimorado sua tocada muito bem nos estágios finais do GP da Inglaterra da semana passada e agora está tirando proveito disso.

Com pneus macios, Ricciardo estabeleceu o P3, um centésimo mais rápido do que Verstappen, também com macios. Mas a Renault parece estar planejando algo um pouco diferente das outras equipes (três paradas?), já que Ricciardo e Esteban Ocon queimaram uma série de preciosos pneus duros no TL2.

Verstappen passou grande parte do TL2 no box mexendo no acerto e o safety-car virtual no final do treino devido ao óleo derramado pelo motor estourado de Sebastian Vettel significou que ele não conseguiu completar um stint longo representativo. Albon lutou com saídas de frente e ficou a 0,4s de seu companheiro de equipe em uma única volta. “Ainda estou lutando para conseguir o que preciso do carro, mas está melhorando”, resumiu.

Os Racing Points foram rápidos e consistentes, com Nico Hulkenberg desta vez seguindo o ritmo do companheiro de equipe Lance Stroll. Eles terminaram a sessão em quinto e sexto mais rápidos (Stroll na frente) a cerca de 1s do ritmo da Mercedes. Seus stints longos nos médios foram muito consistentes – ambos significativamente mais rápidos do que a Ferrari de Charles Leclerc

Médias dos stints longos
Mercedes (Bottas), 1m31.070s – Médio (9 voltas)
Red Bull (Verstappen), 1m31.461s – Médio (6 voltas)
Racing Point (Hulkenberg), 1m32.130s – Médio (15 voltas)
Ferrari (Vettel), 1m32.160s – Macio (7 voltas)
AlphaTauri (Kvyat), 1m32.328s – Médio (10 voltas)
Renault (Ricciardo), 1m32.491s – Duro (14 voltas)
Alfa Romeo (Giovinazzi), 1m33.046s – Médio (13 voltas)
Williams (Latifi), 1m33.051s – Médio (14 voltas)
McLaren (Sainz), 1m33.181s – Macio (7 voltas)
Haas (Grosjean), 1m33.349s – Médio (13 voltas)

Esta não é a pista ideal para a McLaren, já que seu carro tende a apresentar mais arrasto aerodinâmico do que seus concorrentes diretos, e os McL35s pareceram muito distantes de seus adversários habituais, a Renault e até mesmo da Ferrari. “Nosso ritmo de corrida com pneus macios é terrível”, lamentou Lando Norris.

Como o Autoracing já havia adiantado aqui na terça-feira, será primordial não ter que usar os compostos macios no Q2 para chegar no Q3. Mesmo não chegar ao Q3 será provavelmente preferível a ser forçado a largar com pneus macios.

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