Enquanto isso, a F1 marcha em direção a Sochi

terça-feira, 5 de agosto de 2014 às 17:22
Dobrolet

Dobrolet

Por: Corredor X

As sanções impostas à Rússia pelos EUA e União Europeia estão começando a ‘morder’. Depois de 12 meses em alta, o rublo desvalorizou cerca de 15% em relação ao dólar e à libra esterlina, ao passo que a inflação está subindo para 7%.

Desde a última rodada de sanções implementadas duas semanas atrás, os relatos estão crescendo de como os interesses russos vem sofrendo.

Uma subsidiária da Aeroflot ontem à noite deixou de voar para a Europa. Sob a ameaça de sanções punitivas de bancos norte-americanos, as empresas Europeias anularam contratos de leasing, manutenção, abastecimento e seguro com a Dobrolet.

Cerca de 10.000 russos estão neste momento em cidades europeias sem saberem como voltar para casa.

Devido às condições comerciais adversas, dois grandes operadores de viagens da Rússia deixaram cerca de 27.000 turistas russos na Europa, sem passagem de volta, relatou a BBC

No entanto, a F1 marcha em direção a Sochi.

Amigos do Presidente Putin também estão sendo atingidos. A Gulfstream, companhia aérea privada norte-americana, retirou todos os contratos de assistência e proibiu o uso de seu equipamento de navegação.

Gulfstream G650

Gulfstream G650

A Rússia respondeu às sanções deste ano proibindo a comercialização do “Kentucky Gentleman”, uma marca de uísque americano, citando traços de ftalatos – substâncias químicas orgânicas – na bebida.

Além disso, proibiu a importação de vinho da Moldávia e vegetais e frutas da Polônia. Os poloneses foram para a mídias sociais zombar Putin em massa, com campanhas caseiras de marketing mostrando poloneses comendo frutas e zombando de Putin.

poloneses

No entanto, a F1 marcha em direção a Sochi.

A CVC está pensando se continuar permitindo que seu CEO promova a corrida na Rússia é bom para os negócios. Eles têm ativos internacionais na casa dos bilhões financiados e garantidos por bancos americanos, que poderiam impor o congelamento dos movimentos de capitais de empresas de private equity.

Então, novamente, tendo conseguido uma absolvição em Munique, a desculpa para retirar Ecclestone do poder é discutível. Mas se a CVC ficar a beira de um congelamento de capitais em todo o mundo, talvez considerem isso motivo para demitir Ecclestone.

Da mesma forma o governo dos EUA pode pressionar o dono do Circuito das Américas (McCombs Partners), para esquecer a corrida de F1 em Austin, se Ecclestone levar o esporte para Sochi. Mais uma vez, McCombs é dependente de privilégios bancários norte-americanos.

Mas, por enquanto a F1 marcha em direção a Sochi…

AS - www.autoracing.com.br

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