Chefe da Alpine responde duramente críticas do CEO da equipe

Otmar Szafnauer

Parece estar “pegando fogo no cabaré” da Alpine, depois o chefe da equipe, Otmar Szafnauer minimizou as críticas que surpreendentemente disse ser “inaceitáveis” e “amadoras” do CEO Laurent Rossi à forma do início da temporada da Alpine.

Laurent Rossi é chefe de Otmar Szafnauer e de todos na Alpine.

Szafnauer ainda disse que ainda não discutiu a motivação do CEO para a repreensão pública.

Não conseguindo pontuar em duas das primeiras quatro corridas desta temporada, o CEO da Alpine, Rossi, lançou um ataque contundente à equipe na preparação para o fim de semana do GP de Miami que o Autoracing publicou ontem aqui.

Falando sobre atuações “amadoras” no Bahrain, onde Esteban Ocon levou três punições separadas, e em Baku, onde o carro de Pierre Gasly pegou fogo antes de abandonar na classificação, Rossi disse ao Canal+: “É decepcionante, é realmente ruim. Este ano acabou começando com um desempenho falho e uma entrega falha.”

A Alpine pelo menos conseguiu uma dupla pontuação no GP de Miami, onde Gasly cruzou a linha em P8 e Ocon em P9.

Szafnauer, no entanto, insiste que não foi o caso de responder à pressão, pois toda a equipe Alpine já se pressiona para se apresentar da melhor maneira possível.

Túnel de vento velho

“Ler algo assim no papel não coloca mais pressão sobre nós”, disse ele, que também falou que há várias iniciativas em andamento para ajudar a equipe a seguir em frente – algumas das quais estão sendo trabalhadas, enquanto outras estão comprometidas.

O primeiro é um novo simulador de última geração, que acaba de ser assinado e deve estar em funcionamento até 2025. A equipe também recrutou um novo chefe de simulação.

Szafnauer disse que o simulador atual da Alpine tem cerca de 20 anos, tendo sido comprado da McLaren há cerca de uma década, e agora está velho.

“Todo mundo aqui quer ir bem. Somos muito experientes, com técnicos e engenheiros do mais alto nível, e nos pressionamos. Então, nós apenas temos que consertar as coisas.”

Desde então, Rossi dobrou suas críticas ao desempenho da equipe e mirou em Otmar Szafnauer.

“É Otmar e o resto de sua equipe, pois Otmar não faz tudo sozinho”, disse ele ao site oficial da F1, “mas a responsabilidade é do Otmar. É responsabilidade do Otmar, sim.”

O chefe da equipe ignorou isso e as críticas anteriores de Rossi, revelando que ele ainda não leu todos os comentários.

“Vi o que você escreveu algo porque vi a manchete, mas não tive tempo de ler”, disse ele.

“Mas tivemos um desempenho ruim em Baku. Os pilotos se ‘acharam’ na Austrália e acho que na primeira corrida tivemos uma infinidade de punições, começando com Esteban fora de posição na largada.”

“Não foi um bom começo de temporada e talvez seja por isso que ele fez os comentários. Mas eu tenho que lê-los.”

Quanto a saber se havia algum significado mais profundo por trás das críticas de Rossi, Szafnauer disse: “Não tenho ideia e você terá que perguntar a ele. Vou perguntar a ele. Este fim de semana estive tão ocupado que não tive a chance de discutir isso.”

Ele também foi rápido em apontar que os problemas que atrapalharam a Alpine em Baku, o incêndio no motor de Gasly e os problemas técnicos e problemas de configuração em Ocon, não se repetiram em Miami.

E ainda acrescentou: “Tudo o que podemos fazer quando temos problemas como em Baku é encontrar e entender a causa raiz do motivo pelo qual isso aconteceu e garantir que coloquemos o processo ou as pessoas no lugar para que não aconteça novamente.”

“Tivemos um incêndio no motor de um lado e temos que garantir que isso não aconteça. E então tivemos alguns outros problemas com os dedos do outro lado. Mas há maneiras de entender todos eles e mitiga-los. Isso é o que faremos. Nós já fizemos isso. Em Miami não aconteceu”.