Academia Shell Racing festeja 2018, seu ano mais vitorioso

domingo, 20 de janeiro de 2019 às 14:54

Ricardo Zonta

Depois de muitos quilômetros percorridos em altíssimo nível, a Academia Shell Racing encerra a atual temporada como seu melhor ano.

Juntos, os 11 pilotos da classe de 2018 somaram números expressivos: foram 230 corridas, 8 campeonatos conquistados, 67 vitórias, 139 pódios e 32 poles. A exemplo do ano passado, todos os representantes da marca triunfaram ao menos uma vez ao longo do ano.

Não por acaso, a Shell foi protagonista em todas as categorias em que esteve representada: kart, Stock Car, Stock Light, F4, Porsche Cup e Sprint Race.

“É até difícil resumir o ano da Academia Shell Racing após tantas conquistas, é a consolidação de um projeto que foi concebido em 2014. É muito gratificante ver que alguns pilotos dessa primeira turma continuam no projeto até hoje, conquistando os resultados no mais alto nível no automobilismo brasileiro e mundial. Então, assim como em 2017, eu achava muito difícil superar o número de conquistas que obtivemos em diferentes categorias, mas os números mostram que 2018 foi ainda melhor”, resume Vicente Sfeir, gerente de motorsport e patrocínios da Raízen.

Além de expressivos títulos obtidos no kart com Felipe Baptista e Gabriel Crepaldi, a Shell venceu pela primeira vez campeonatos com carros de corrida: a Porsche Cup Edurance Series (Lico Kaesemodel e Ricardo Zonta), Porsche Cup Overall (Kaesemodel) e Stock Light (Raphael Reis).

Independentemente do troféu de campeão porém, a marca celebrou feitos dignos de nota, tais como: Átila Abreu foi o recordista em vitórias na Stock Car (quatro), Gaetano di Mauro foi vice-campeão na Porsche Carrera Cup 3.8 e quarto colocado no Campeonato Mundial de Kart, Gianluca Petecof venceu corrida e com o quarto lugar no campeonato foi o melhor estreante da F4 Italiana, Raphael Reis foi o maior vencedor do ano na Stock Light, Diego Ramos foi terceiro no campeonato e melhor estreante da Sprint Race, Felipe Baptista obteve quatro títulos no kart e ainda foi um dos vencedores da seletiva do Porsche Junior Program, e Bernardo Gentil venceu provas de kart tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.

O desempenho brasileiro da Academia Shell honrou um dos anos mais favoráveis para a marca no cenário global. Além do vice-campeonato de Sebastian Vettel com a Scuderia Ferrari na F1 (no marco do mais longevo acordo de patrocínio da história do esporte a motor mundial), a Shell foi campeã na Nascar Cup Series com Joey Logano e na V8 Australiana com Scott McLaughin. E ainda conquistou, com o paranaense Augusto Farfus, a Copa do Mundo de GT da FIA em Macau.

“Se pudesse de eleger o top-5 do nosso ano, o quinto acho que foi a hegemonia do Felipe Baptista na classe Graduados, ele realmente se superou. O quarto melhor momento foi a conquista da Shell Racing na Porsche Endurance e no overall com o Lico. O terceiro melhor momento colocaria a sequência de vitórias do Átila Abreu na Stock Car. O segundo melhor momento foram a evolução e os resultados do Gianluca na F4. E, para mim, o top-1 foi a estreia do Gaetano na Stock Car”, frisou Sfeir.

A seguir, o executivo avalia cada plataforma da Academia Shell Racing na temporada:

 

Kart

“A começar pelo kart, nós conquistamos os principais campeonatos regionais e nacionais com nossos três pilotos. Cito o Campeonato Brasileiro do Felipe Baptista e a evolução do Gabriel Crepaldi como os principais resultados, sem esquecer a fantástica participação do Gaetano di Mauro no Mundial, na Bélgica.”

 

Sprint Race

“Na Sprint Race, a gente teve neste ano o Diego Ramos, no seu primeiro ano nos carros de turismo. Um primeiro semestre ainda se adaptando, mas, depois, mostrando uma evolução muito, muito forte, conquistando poles-positions e vitórias, chegando à última temporada como líder do campeonato para a disputa do título no último fim de semana.

Infelizmente o Diego sofreu um pouco com a potência do motor do carro e perdia mais de 10 km/h em relação aos competidores. Mas, mesmo assim, chegou em segundo na primeira corrida e chegou a liderar a segunda prova em uma sequência de posições que davam o título para ele, até o momento em que foi tirado da prova por um concorrente e terminou o campeonato em terceiro. Mas chegou à última etapa como líder e ainda disputando o campeonato.”

 

Stock Light

“Na Stock Light, uma surpresa muito, muito legal foi a evolução do Rafinha Reis, mostrando que um título se constrói com consistência e regularidade. Foi um piloto que conquistou poles, conquistou vitórias, mas, acima de tudo, teve muita regularidade e construiu um campeonato fantástico, sendo campeão na etapa de Interlagos na semana passada.”

 

Porsche Cup

“Na Porsche Cup, a gente teve o Gaetano di Mauro no segundo ano nos carros. O Gaetano foi, seguramente, o piloto com maior velocidade, e o número de poles fala por si só. Ele acabou pagando um preço alto por um erro na etapa de Curitiba, onde liderava e errou sozinho. Então, por mais que o campeonato ofereça descartes, esse descarte custou caro porque era uma vitória que ele teve nas mãos. E foi difícil vencer o concorrente, que prezou pela consistência e regularidade e acabou sendo campeão. Mesmo assim, o vice-campeonato não é de se jogar fora, ainda mais disputando contra o Vitor Baptista, que é, seguramente, um dos melhores pilotos do Brasil. Saímos com o vice-campeonato do Gaetano, o segundo vice-campeonato seguido, vindo de um vice na Stock Light. E uma corrida fantástica dele no Endurance, um campeonato que ele não vinha fazendo, foi convidado pela Hero: marcou a pole-position e venceu de forma incrível, mostrando que já está com velocidade e maturidade para andar nas principais categorias do Brasil e do mundo.

O Lico teve um ano muito bom também. Desperdiçou alguns resultados, fazendo com que perdesse na última etapa o título da Sprint, mas finalmente o título da Endurance veio com o Lico e o Zonta, virando o jogo, porque que a gente teve um resultado ruim na primeira etapa, mas demos a volta por cima e conquistamos, na última etapa, o título da Endurance e do overall para o Lico, fazendo que na Porsche a gente tivesse uma performance muito, muito forte.”

 

Stock Car

“Foi um ano incrível, de cara com expectativa grande no início porque, da forma como a gente terminou o ano de 2017, sonhávamos em brigar pelo título. Mas os problemas com o Átila no início do campeonato custaram caro.

Na pista, tivemos quatro vitórias para o Átila Abreu e três vitórias para o Ricardo Zonta. Seguramente somos a equipe que mais venceu na pista, e o Átila foi o maior vencedor de corridas da temporada, sendo que a de Londrina ele provavelmente seria o vencedor — faltavam poucos minutos e acabou sendo penalizado; e também uma outra penalização na largada da corrida de Goiânia, que ele vinha para fazer mais uma vitória. Sem contar a pole-position e a vitória incontestável do Zonta na última etapa, em São Paulo.

Ou seja, a performance da equipe Shell Racing esteve sempre lá na Stock Car e, com certeza, temos a sensação de dever cumprido com o terceiro lugar entre as equipes e um gostinho de que a gente poderia ter ido até a última etapa brigando pelo título de pilotos se não fosse por alguns erros, alguns problemas, algumas quebras que acumulamos durante o ano.

Já uma das melhores surpresas foi a estreia do Gaetano na Stock Car. Uma estreia que a gente proporcionou junto com a Hero para entender em que nível o Gaetano se encontrava diante de um grid tão espetacular quanto o da Stock Car. E, por uma surpresa maravilhosa, a gente viu um Gaetano extremamente competitivo, andando entre os primeiros em todos os treinos… Seguramente foi a sensação do fim de semana.

Isso nos enche de orgulho para ter a certeza que estamos proporcionando o melhor desenvolvimento aos nossos pilotos e nos confirma que temos no nosso quadro os melhores pilotos do Brasil.”

 

F4

“Como o projeto que a gente tem fora do cenário nacional, o Gianluca Petecof, no primeiro ano na F4, correndo pelo Italiano e pelo Alemão contra os melhores pilotos do mundo dessas categorias, fez um trabalho de evolução fantástico dentro da Academia de Pilotos da Ferrari, se consolidando como o melhor estreante do ano, quarto lugar no geral no campeonato que tem 35 pilotos de 18 nacionalidades, que eu considero uma Copa do Mundo da F4.

Ele terminou o ano de forma espetacular, com muita velocidade, a vitória em Mugello e a consolidação de piloto completo, muito jovem ainda, mas completo, e a gente espera ainda colher muitos frutos no futuro. É um projeto que a gente tem uma dedicação especial por ser um piloto brasileiro trilhando os caminhos para chegar à F1.”

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EB - www.autoracing.com.br

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