A estratégia ousada da McLaren: pressão sobre a Ferrari ou favoritismo de Norris?

Lando Norris e Oscar Piastri

A Fórmula 1 é um jogo de xadrez em alta velocidade. Nesse sentido, o Grande Prêmio da Hungria deste ano não foi diferente. A McLaren, por exemplo, implementou uma estratégia de duas frentes que gerou um intenso debate: o objetivo era colocar a Ferrari em xeque ou garantir a vitória de Lando Norris? Juan Pablo Montoya, em seu podcast “MontoyAS”, analisou a abordagem da equipe, dando mais detalhes sobre a jogada.

O plano de dividir para conquistar

De acordo com Montoya, o plano da McLaren era cristalino. Isso porque, com a previsão da Pirelli indicando duas paradas para a maioria dos pilotos, a equipe britânica adotou uma tática ousada. Primeiramente, Oscar Piastri foi colocado em uma estratégia direta para brigar com Charles Leclerc, com o objetivo de pressionar a Ferrari. Ao mesmo tempo, Lando Norris seguiu uma abordagem diferente.

“A meta da McLaren era muito fácil: colocar Oscar para lutar com Charles, portanto, pressionando-o para vencer”, explicou Montoya. “Além disso, Lando estava em outra estratégia, o que significava que a Ferrari era forçada a escolher quem cobrir. Consequentemente, eles não podiam cobrir os dois, e no fim das contas, Oscar também superou Charles.”

Quero ser VIP

Apesar de toda essa tensão, Montoya não acredita em ordens de equipe que favoreçam Norris. Na verdade, ele destacou que a McLaren é neutra e valoriza ambos os seus pilotos. No entanto, o ex-piloto alertou para o futuro.

“Afinal de contas,” ele disse, “no ano que vem, teremos novas regras, novas teorias. Por isso, tudo pode mudar. Em outras palavras, esta pode ser a única oportunidade na carreira deles de serem campeões do mundo.”

Da mesma forma, o colombiano observou que as altas apostas podem gerar atrito, mesmo com a boa relação entre Norris e Piastri. “Olhe para Oscar. Os comentários dele estão ficando mais intensos. Um está tentando se alinhar mais, o outro está tentando se desviar.”