GP2 – Victor Guerin faz balanço de sua temporada

Victor Guerin

Com a vitória do holandês Giedo Van der Garde, a segunda no campeonato, a Fórmula GP2 fechou neste domingo em Cingapura a oitava temporada de sua história. O título já estava definido desde a véspera, quando o italiano Davide Valsecchi confirmou o favoritismo que o cercava antes da 12ª rodada dupla e conquistou o título, mantendo o baiano Luiz Razia na segunda colocação. No complemento da programação, Razia terminou em 4º, uma posição à frente de Valsecchi, e o brasiliense Felipe Nasr cruzou a linha de chegada em 7º. O paulista Victor Guerin ficou em 13º.

Guerin fechou a conta de um ano movimentado com aquele que classificou como seu melhor desempenho na divisão de acesso da Fórmula 1. “Não pelo resultado, porque um 13º nunca será legal, mas pelas circunstâncias. Saí em 23º por causa da batida logo no início da prova de ontem, optei por uma estratégia de troca de pneus no meio da corrida contra a vontade do meu engenheiro e o plano funcionou. Como o safety car entrou na pista logo depois da minha troca, consegui recuperar e ganhar colocações com muita agressividade”, explicou Guerin, que sofreu desde o início com as saídas de frente do carro da Ocean Racing Technology, com a asa dianteira danificada em decorrência de um choque com o venezuelano Johnny Cecotto.

No total, Guerin disputou (até agora) 34 corridas em cinco categorias diferentes em 2012. Foram 16 na GP2, 10 na AutoGP, quatro na Fórmula 3 sul-americana, duas na Fórmula 2 e duas na Copa Fiat. “Acho que aprendi neste ano mais do que em toda minha carreira. Principalmente na prova de hoje. Nunca imaginei que meu ponto alto na GP2 fosse aqui, numa pista de rua desconhecida para mim, com um traçado difícil e cansativo e com um calor sufocante. Mas parece que meu melhor sempre fica para o final. Foi assim também em 2011, quando vencei a última corrida da Fórmula 3 italiana em Monza. Sinto que a passagem para a Fórmula GP2 foi importantíssima. Se eu não tivesse vindo, teria 12 corridas a menos na minha conta. Estou muito mais bem-preparado para andar na GP2 em 2013 do que estaria se não tivesse começado na quarta etapa, a partir de Barcelona”, comentou.

Guerin, de apenas 20 anos, deveria voltar para a Itália na madrugada local, depois de assistir à Fórmula 1 e à festividade de encerramento do grande prêmio, cujo ponto alto seria o show da cantora norte-americana Katy Perry. Ainda no território asiático, o piloto deixou bem-encaminhada a presença nos testes de final de temporada, marcados para Barcelona (30 e 31 de outubro) e Jerez de la Frontera (28 e 29 de novembro). “A ideia é andar em quatro equipes grandes, um dia em cada uma, e poder fazer uma boa comparação entre elas”, explicou.