F1 – “Não há lugar para a democracia”, diz Ecclestone

Bernie Ecclestone

Bernie Ecclestone protestou contra a “democracia” e pediu uma revisão das regras da F1 em uma entrevista à televisão russa.

Falando ao canal RT, apoiado pelo governo russo, Ecclestone repetiu seu apelo para “rasgar o livro de regras”.

“Estamos no show business”, disse ele. “No momento em que deixarmos de entreter, estamos em apuros”.

Perguntado sobre os comentários anteriores que o processo de determinação de regras na F1 havia se tornado “muito democrática”, Ecclestone respondeu: “Eu não acho que haja qualquer lugar para a democracia, e ponto final. Em nenhum lugar”.

No entanto, ele também afirmou que a F1 é apenas superficialmente democrática. “Parece ser uma democracia, talvez”, disse ele. “Eu acho que, se você conseguir pessoas, que mais ou menos se alinhem com o que está tentando fazer e o apoiem, então parece uma democracia”.

Ecclestone reiterou o seu apoio incondicional ao presidente russo, Vladimir Putin – “Eu sou o seu melhor defensor” – e deu seu apoio à Sepp Blatter, o presidente em apuros do órgão máximo do futebol FIFA, que foi acusado de corrupção.

“Não acho que ele deveria perder o cargo e não acho que deveria sequer ser questionado”, disse Ecclestone, “porque é por causa dele que temos muitos países ao redor do mundo que agora estão jogando futebol. E se essas pessoas supostamente foram corrompidas para fazer as coisas acontecerem no seu país, foi bom. É a taxa de futebol que tinham que pagar”.

Antes do GP dos EUA, Ecclestone disse que a F1 “deveria tentar mais e se reforçar na America”, mas admitiu que “é difícil para mim”.

“Eu não sou muito entusiasmado com a América”, disse ele. “O maior problema é que ela acredita ser a maior potência no mundo. É difícil, porque, ela é uma grande ilha, por isso está um pouco isolada. Está lentamente começando a aprender que as outras pessoas no mundo fazem”.