Conheça o carro da Fórmula Indy em detalhes

sábado, 2 de abril de 2011 às 11:37

indy11-wpower-615Além das corridas em circuitos ovais, duas outras características técnicas da IZOD IndyCar Series, ou simplesmente Fórmula Indy, que a diferencia das demais categorias top são o fato de possuir os monopostos mais velozes do mundo – com velocidade máxima de até 370 km/h, superior à de um caça a jato durante a decolagem – e a igualdade de equipamentos entre todas as equipes. Atualmente, o conjunto é formado pelo chassi italiano Dallara, pelo motor Honda e pelos pneus Firestone Firehawk.

Saiba como é construída e quais os principais componentes dessa máquina feita para voar grudado ao chão.

Motor
Os F-Indy são equipados com o motor Honda de oito cilindros em “V”, com quatro válvulas por cilindro, aspirado, de 3.500 cm³ de cilindrada, que gera 650 cavalos de potência a 10.300 rotações por minuto (rpm). Composto por bloco e cabeçotes de alumínio, o Honda Indy V8 pesa apenas 127 kg, ao mesmo tempo em que oferece grande durabilidade e dificilmente apresenta problemas entre as revisões. Acoplados ao motor ainda vão o sistema de escapamento e a tomada de ar (air box).
Em matéria de desempenho, o propulsor da empresa japonesa apresenta excelente torque nas faixas intermediárias de rotações, atendendo, assim, à variação de tipos de pista do calendário, com circuitos mistos e de rua, ovais curtos e longos (superspeedways).

Câmbio
O carro da Fórmula Indy usa a caixa de mudanças XTRAC #295, com seis marchas (mais à ré) e acionamento sequencial por meio de aletas instaladas atrás do volante de direção. O piloto usa a borboleta da direita para subir as marchas, e a da esquerda para reduzi-las. Uma flange metálica conecta o câmbio ao motor. Componentes-chave do conjunto de caixa de câmbio são o reservatório de óleo, barras antirrolamento, conjunto de molas e amortecedores das suspensões traseiras e transmissão.

Chassi
O chassi de Fórmula Indy é construído em fibra de carbono e Kevlar – materiais mais leves e resistentes do que o aço, desenvolvido pela agência espacial norteamericana (Nasa) para ser utilizado nos ônibus espaciais -, e colméia de alumínio. Graças a isso, o carro da categoria tem peso mínimo de 726 kg, incluindo todos os fluidos do motor, mas sem piloto e combustível.

O monocoque, ou parte frontal do chassi, inclui o cockpit (compartimento do piloto), a célula de combustível e as suspensões dianteiras. O motor integra a parte posterior do chassi, na qual se junta à caixa de câmbio e, nela, as suspensões traseiras e o aerofólio traseiro. Em sua face inferior, o assoalho possui o efeito-solo, que direciona o fluxo de ar que passa por baixo do chassi, aumentando a eficiência aerodinâmica e a aderência do carro ao chão.

Também incluídas no chassi estão as laterais do carro, que cobrem os radiadores de água e de óleo, e a unidade de gerenciamento eletrônico do motor, entre outros acessórios. As laterais e seus componentes contribuem para o sistema de refrigeração do motor, na aerodinâmica e na proteção do piloto em caso de impacto lateral.

Célula de combustível
É composta de uma bolsa de borracha à prova de fogo e rupturas, encapsulada por uma caixa de Kevlar, para proteção extra contra impactos laterais. Tem capacidade para 83,2 litros (22 galões) de etanol.

Aerodinâmica
As asas dianteira e traseira trabalham em conjunto para criar a força aerodinâmica e equilíbrio entre a parte anterior e posterior do carro. Existem dois tipos de configurações de asa dianteira – oval (speedway) e oval curto ou circuito misto – e, durante a corrida, só pode ser ajustada durante os pit stops para melhorar a dirigibilidade do carro.

A asa traseira dispõe três diferentes configurações: superspeedway (para circuitos ovais de altíssima velocidade máxima, como Indianápolis), para ovais intermediárias, de volocidades mais baixas, e traçados mistos ou de rua.

Suspensões
As suspensões dianteiras e traseiras fazem a ligação entre o chassi e as rodas. Foram desenhadas para suportar as transferências de peso do carro durante as frenagens e acelerações, além das cargas verticais e laterais. Nas suspensões vão acoplados os conjuntos de freios dianteiros e traseiros, com discos de aço nas quatro rodas.

Pneus
Os modelos radiais de competição Firestone Firehawk são montados em rodas aro 15″, com talas de 11″, na dianteira, e 15″, na traseira. O pneu dianteiro pesa 8,1 kg e sua pressão pode variar de 22 a 27 libras, de acordo com o ajuste do carro; o traseiro tem peso de 10,4 kg e pode ser inflado entre 20 e 25 libras.

Dependendo da velocidade, o peso de um carro de F-Indy em ritmo de corrida é quatro vezes maior ao de quando está parado, por isso, as paredes laterais dos pneus têm de ser fortes o suficiente para suportar tamanha carga, mas também com o mínimo de espessura possível para dissipar o calor com mais eficiência.

RAIO X DO CARRO

Motor: Honda Indy V8
Origem: EUA
Cilindros: oito em “V”
Cilindrada: 3.500 cm³ a 10.300 rpm
Potência: 650 cavalos
Alimentação: aspirado, injeção eletrônica
Combustível: etanol
Peso: 127 kg

Chassi: Dallara
Origem: Itália
Tipo: monoposto
Materiais: fibra de carbono
Peso mínimo: 726 kg
Comp. mínimo: 487,68 cm
Larg. mínima: 198,12cm (tolerância de 1,27 cm)
Câmbio: caixa XTRAC #295, de seis marchas, sequencial
Célula de combustível: à prova de ruptura com capacidade para 100L

Pneus: Firestone Firehawk
Origem: EUA
Medidas: 10.0/25.8R15 (diant.) e 14.5/28.0 R15 (tras.)

EB – www.autoracing.com.br

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