Zak Brown: Fórmula 1 nunca esteve tão forte

Zak Brown e Toto Wolff

Zak Brown é um dos personagens mais respeitados hoje no paddock da Fórmula 1. Muito inteligente, pragmático e ao mesmo tempo simpático, o executivo norte-americano só tomou decisões certas desde que foi contratado para ser o CEO da McLaren e conseguiu a façanha de reestabelecer a confiança tanto dos investidores da equipe quanto de seus fãs.

Brown parte do princípio que as bases do esporte têm que ser justas e boas para todos, ou seja, que todas as equipes tenham possibilidades reais de se tornarem competitivas e consequentemente mais lucrativas. Uma visão bem norte-americana de como administrar um esporte profissional.

Depois de uma fascinante temporada de 2021 e com o documentário da Netflix trazendo mais espectadores do que nunca para o esporte, o chefe da McLaren acredita que a F1 nunca esteve tão bem.

Este é realmente um momento de benção para a Fórmula 1. Mais pessoas do que nunca estão assistindo à cobertura da TV, as vendas de ingressos e os locais estão bem protegidos da pandemia e os fãs estão desesperados pelas próximas notícias sobre seus pilotos e equipes favoritos. Zak Brown acredita que o esporte “nunca esteve tão forte” e que só continuará melhorando.

O chefe da McLaren apontou o sucesso contínuo do documentário Drive to Survive da Netflix como um exemplo de onde o esporte está.

E ele acredita que as coisas só vão melhorar com a introdução de novas regras técnicas a partir desta temporada.

Mudanças no desenho dos carros dão às equipes de meio de pelotão a chance de pensar em uma inovação que ninguém mais criou.

Com alguma sorte, significará mais imprevisibilidade com um número maior de equipes e pilotos na disputa por vitórias e títulos no final do ano.

Essa é uma esperança ecoada por Brown enquanto ele reflete sobre onde ele acha que o esporte está agora.

“A Fórmula 1 nunca esteve tão forte”, disse ele ao Racing News.

“Está ficando mais forte a cada dia. E isso é confirmado pelo número recorde de corridas, número recorde de países querendo corridas, público recorde… A TV está super forte, o patrocínio está muito forte e os ingressos se esgotam muito rápido.”

“Acho que a Netflix será outra grande temporada, com todos os diferentes elementos que ocorreram no ano passado”.

Os benefícios financeiros do aumento do interesse global significam, pelo menos em teoria, que as equipes estarão em uma posição muito mais saudável a partir da qual podem competir.

Embora o lado comercial do esporte possa não empolgar uma parte dos fãs, Brown argumenta que equipes financeiramente saudáveis podem produzir carros melhores e isso aumentará a emoção nos fins de semana de corrida.

“As corridas devem melhorar”, disse ele.

“Você tem carros de corrida novinhos em folha, que acho que serão emocionantes para todos verem. Como serão essas coisas? Como elas correm? Então acho que a Fórmula 1 nunca foi tão forte.”

“Todas as 10 equipes estão financeiramente muito saudáveis ou são de propriedade de pessoas ou empresas que podem pagar tranquilamente por equipes de Fórmula 1. Mesmo que não estejam ganhando dinheiro, podem pagar.”

“Então eu acho que se você olhar para qualquer dado, tudo está super forte. E eu só acho que vai ficar mais forte.”

Embora esse possa ser o caso, algumas das equipes menores – Haas e Williams são exemplos de destaque – nem sempre estiveram tão sólidas financeiramente nos últimos tempos.

Mesmo agora, enquanto eles estão em terreno mais estável, eles não estão obtendo os lucros que aqueles que estão mais acima no grid podem alcançar. Mas isso acontece em qualquer esporte, quanto mais competitivo você é, mais dinheiro entra no seu caixa.

Mas Brown também acredita que essas equipes estão, pelo menos por enquanto, priorizando diminuir a diferença de desempenho em vez de ganhar milhões.

“Acho que algumas equipes ainda estão começando com uma base menor de patrocínio e estão longe do teto de gastos”, acrescentou o chefe da McLaren.

“Então, acho que todo mundo provavelmente poderá ganhar dinheiro, depende de quais são seus desejos competitivos.”