Wolff: Teto orçamentário “atingiu o alvo”

Toto Wolff

O teto orçamentário da Fórmula 1 “atingiu o alvo” impedindo que as equipes de ponta gastem livremente para resolver problemas, segundo Toto Wolff, da Mercedes.

Além de sofrer com as variações de performance extravagantes do W13, a Mercedes também tem um carro acima do peso e não consegue deixá-lo mais leve devido ao teto.

“Vamos olhar o chassi, nós não poderíamos introduzir um novo”, explicou Wolff à mídia. “Nós estamos muito acima do peso e não conseguimos reduzi-lo porque estamos testando partes visando resolver nossos vários problemas”.

“Nós não podemos bancar isso, ponto final. Portanto, a introdução do teto orçamentário absolutamente atingiu o alvo. É o que eles queriam alcançar: as grandes equipes não podem simplesmente resolver tudo com dinheiro”.

Apesar de ter vencido 15 dos últimos 16 campeonatos da F1, a Mercedes vem fracassando terrivelmente com o W13 – que foi bastante afetado pelos quiques no começo da temporada.

A equipe frequentemente fica para trás na classificação antes de alcançar resultados respeitáveis na corrida. Lewis Hamilton e George Russell só abandonaram uma vez cada um neste ano, em ambos os casos por danos de acidentes.

“Hoje, nós estamos errando, a falta de correlação nas várias áreas está prejudicando nossa performance”, continuou Wolff. “Talvez haja uma única coisa que ofusque tudo e nós não estejamos fazendo justiça para realmente questionar todas as partes do carro”.

“Os novos pneus (de 18 polegadas) são algo que nós não entendemos fundamentalmente e na verdade o resto é bom? É a aerodinâmica que está estragando tudo? Ou o equilíbrio mecânico?”

“Eu acho que não é nada fácil dissecar e dizer ‘você nunca perde, só aprende’. Eu posso falar que é extremamente difícil quando você vê todos aqueles posts no Instagram e tudo o que nós comentamos em oito anos: ‘como vamos encarar isso?'”

“Quando você chega no fundo do poço, mantém seus princípios, seus valores, seu ânimo e continua tentando melhorar incansavelmente. Há mais para escrever um livro neste ano do que nos últimos oito”.