Wolff: Taxa maior para a Cadillac ainda não é suficiente

Toto Wolff

Toto Wolff criticou o tamanho da nova taxa que deverá ser paga pela Cadillac antes de sua estreia na Fórmula 1 em 2026.

Apesar da Liberty Media, proprietária da F1, relutantemente ter concordado em deixar a 11ª equipe entrar na categoria, as competidoras existentes continuam se opondo com base no fato de que sua parte da receita comercial será diluída.

Originalmente, a taxa de compensação projetada para mitigar as perdas era de $200 milhões, mas as equipes têm feito lobby para que seja muito maior – supostamente até $600 milhões.

Isso apesar de Wolff, chefe e coproprietário da Mercedes, admitir que o projeto de F1 da marca alemã agora é lucrativo.

“Graças ao teto orçamentário e à explosão da F1, as equipes estão ganhando dinheiro ao invés de queimá-lo como costumavam fazer”, disse ele à Auto Motor und Sport.

“Estamos tendo um lucro real. A taxa de lucratividade é de 30 a 35% antes dos impostos. Isso até compensa os custos do motor. O velho clichê de que a F1 só queima dinheiro é história. O ponto principal é que a F1 nunca foi tão saudável quanto é hoje”.

No entanto, ele admite que ainda tem preocupações sobre a entrada da Cadillac na F1.

“Se eles estão vindo agora com um esforço de fábrica, investindo um orçamento de marketing correspondente na F1, isso é um valor agregado para a categoria”, acrescentou Wolff.

Ele também admite que a Cadillac eventualmente pode melhorar a imagem global da F1, mas ainda afirma que o valor do pagamento de compensação proposto não é suficiente.

“Nós perdemos inicialmente. Não sabemos quanto a Cadillac investirá na F1. O pagamento de compensação, atualmente estimado em $450 milhões, é muito baixo. Não compensa a perda direta de renda”.

“Só o tempo dirá o que a categoria ganhará com um 11º participante. Simplesmente não sabemos. Ninguém falou comigo sobre o que a Cadillac está planejando exatamente”.