Wolff relembra polêmica decisão de 2021

Safety car no GP de Abu Dhabi

Toto Wolff lançou mais perspectivas sobre Michael Masi e o impacto que o Grande Prêmio de Abu Dhabi de 2021 teve sobre ele e Lewis Hamilton.

Hamilton estava prestes a vencer seu oitavo título de pilotos após uma batalha por toda a temporada com Max Verstappen, mas Masi foi contra os procedimentos de reinício do safety car estabelecidos há muito tempo como diretor de corrida, estabelecendo um confronto na última volta entre os dois pilotos.

A corrida de 58 voltas deveria ser reiniciada uma volta depois que todos os carros retardatários tivessem passado, neste caso, no final da volta 58, e sem ultrapassagens permitidas, o líder Hamilton teria vencido a corrida e o título.

Masi permitiu a relargada no final da volta 57, e então apenas ordenou que os carros entre Hamilton e Verstappen passassem, em vez de todos os pilotos. Ele foi posteriormente destituído do cargo pela FIA após uma investigação interna, enquanto o chefe da Mercedes, Wolff, detalhou suas emoções após a corrida.

“Fiquei com raiva, não deprimido ou triste, apenas com raiva porque um indivíduo foi capaz de tirar o oitavo título do melhor piloto do mundo por uma decisão errada”, disse Wolff ao podcast High Performance.

“Mas é preciso contextualizar, há ditadores e políticos ao redor do mundo que causam tanta dor que não é de forma alguma comparável à perda do oitavo título para Lewis ou para nós como equipe”, explicou.

“Mas a raiva daquele momento de uma pessoa, mas até Lewis aprendeu a controlar suas emoções com muita força e depois de alguns dias estava em uma situação boa. Ainda continua conosco por causa da injustiça que aconteceu neste dia específico”, prosseguiu o chefe da Mercedes.

Wolff também revelou como tentou ajudar a orientar Masi, que estava em sua terceira temporada como diretor de prova, tendo assumido o cargo após a morte repentina de Charlie Whiting às vésperas da temporada de 2019.

“Eu realmente tentei falar com Michael e orientá-lo ao longo do ano”, acrescentou Wolff. “Tentei dizer: ‘Ouça, estou no esporte há muito tempo, ouça os pilotos, não seja teimoso na tomada de decisões'”.

“Tentei isso para o bem do esporte e obviamente para nós como equipe, para não ficarmos vulneráveis ​​a situações que poderiam ser totalmente prejudiciais, então, nesse sentido, o que aconteceu é indesculpável”, afirmou.

“Agora, você poderia dizer que a empatia deveria me fazer perceber como ele se sente, eu percebo como ele se sente e sei que isso não é bom, mas ele poderia ter pensado nisso o ano todo e havia pessoas, não só eu, tentando apoiar ele da maneira certa”, comentou Wolff.

“Às vezes você só precisa admitir que alguém está apenas fazendo suas próprias coisas ou tomando suas próprias decisões, então não me importo mais com isso. Penso nisso principalmente porque Lewis merecia ser o maior de todos os tempos, com oito títulos mundiais”, concluiu o chefe da Mercedes.