Wolff reacende conversa sobre teto salarial para pilotos de F1

sábado, 12 de novembro de 2022 às 9:20

Toto Wolff

Assim como Lewis Hamilton pressiona por um novo contrato com a Mercedes, seu chefe reacendeu a conversa sobre a necessidade de um teto salarial para os pilotos.

O heptacampeão mundial Hamilton ainda é o que mais ganha na Fórmula 1 – embora o novo bicampeão mundial, Max Verstappen, esteja agora perto de seu salário aproximado de 40 milhões de dólares por ano.

O chefe da Mercedes, Toto Wolff, admite que limitar os salários dos pilotos é um “tema controverso”, mas ele acha que agora é oportuno com o mundo entrando em recessão. “Podemos ver que estamos enfrentando uma situação muito difícil na F1 em geral”, disse ele no Brasil.

“O esporte está crescendo e a F1 está ganhando mais dinheiro e isso chega às equipes. Mas temos um limite de custos. Temos 140 milhões de dólares para mil pessoas. Com a inflação, não conseguimos nem pagar a inflação. A conversa sobre o subsídio salarial de 30 ou 40 milhões de dólares é inadequada quando você adota essa perspectiva”, prosseguiu.

Pilotos altamente pagos, incluindo Hamilton, Verstappen, Fernando Alonso e outros, já declararam sua oposição a um limite, e Wolff admite que “como piloto, talvez eu diga a mesma coisa”.

“Mas as ligas americanas mais bem-sucedidas do mundo introduziram tetos salariais há 15 anos. Funciona muito bem por lá”, explicou o austríaco. “Precisamos encontrar uma maneira de agir de forma sustentável e nos tornar independentes de fundos soberanos ou equipes estatais”.

Independentemente de um limite ser introduzido ou não, os comentários de Wolff coincidem com os rumores de que Hamilton, de 37 anos, já foi informado de que um novo acordo além de 2023 precisará envolver um corte salarial.

“Você não pode simplesmente ter uma conta salarial em algumas das principais equipes de 30, 40, ou 50 milhões de dólares quando o resto da equipe precisa ser dividido em 140 milhões”, comentou ele.

“Dito isso, eles são grandes superestrelas, merecem estar entre os que mais ganham no esporte. Em termos de salários diretos, eles já estão”, prosseguiu.

“Então precisamos encontrar uma maneira de liberar a capacidade de fazer acordos de patrocínio que são dois terços, se não mais, para equipes esportivas americanas. Mas certamente em salários diretos, os pilotos de F1 são os mais bem pagos”, concluiu o chefe da Mercedes.

EB - www.autoracing.com.br

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