Wolff quer transparência na Ferrari: “A FIA precisa controlar essas coisas”

Toto Wolff

Na semana seguinte ao GP da Emilia Romagna, houve alguma polêmica em torno da Ferrari, que entrou em ação com dois assoalhos diferentes no teste de pneus. Depois, descobriu-se que não houve violação das regras, mas vários chefes de equipe concordam que a FIA deveria ter sido mais transparente sobre isso.

As fotos mostraram que Carlos Sainz estava pilotando com um assoalho diferente do companheiro de equipe Charles Leclerc. Como é contra as regras usar peças novas em um teste desse tipo, a ação levantou dúvidas entre as equipes rivais, especialmente porque a Ferrari ainda está lutando com os quiques.

No entanto, a Ferrari disse ter mostrado que já havia pilotado com o assoalho em questão no teste do Bahrain. Na conferência de imprensa, vários chefes de equipe estão pedindo mais transparência da FIA, pois acreditam que o alarido não seria necessário se houvesse clareza sobre o assunto.

“Só precisa estar no controle dessas coisas”, acredita o chefe da equipe Mercedes, Toto Wolff. “Não pode ser que qualquer equipe execute um componente em um ambiente que não deveria estar fazendo”.

A McLaren teria sido uma das equipes que fez perguntas sobre a ação da Ferrari, mas o CEO Zak Brown diz que ele próprio teve pouco a ver com o problema. No entanto, ele também está pedindo mais transparência. “Foi sugerido – ou pelo que ouvi – que talvez estivessem com um assoalho mais antigo. Talvez fosse o caso”, afirmou.

Ele acrescenta que, se esse for realmente o caso, é importante mostrar para as outras equipes. Como exemplo, ele cita o alvoroço em torno da unidade de potência da Ferrari em 2019.

“Tivemos no passado, não muito tempo atrás, uma violação de motor, e então houve uma multa significativa. Não sabemos quanto e também não sabemos exatamente o que foi feito”, continuou Brown.

Em parte por causa desse problema, a transparência total agora é fundamental, acredita o CEO da Alpine, Laurent Rossi. “Só precisamos de transparência. Precisamos saber se houve algo errado ou não. E se houver, qual é o resultado? É isso”, conclui o francês.