Wolff: “No fim das contas, você pilota um carro ‘bombado'”

Toto Wolff

Toto Wolff, chefe da Mercedes, disse que não gostaria de estar no lugar daqueles que terão de punir infrações do teto orçamentário.

Em meio às especulações a respeito de quais equipes podem ter desrespeitado o limite, os chefes de equipe querem que qualquer violação seja severamente punida a fim de garantir a integridade da competição.

Mattia Binotto, da Ferrari, declarou à mídia italiana que até mesmo uma violação leve do teto de gastos os deixaria furiosos, e Wolff acha que o julgamento será difícil considerando os ganhos de performance que qualquer infração poderia render.

“Eu não gostaria de estar no lugar dos juízes”, disse Wolff à mídia. “Os pilotos dão o sangue para estar no topo quando há decisões que a equipe toma sem o envolvimento deles. Porém, no fim das contas, você pilota um carro que talvez esteja ‘bombado'”.

A intriga política sempre fez parte da Fórmula 1, e de acordo com Wolff, a mais recente controvérsia do teto orçamentário não é diferente.

“Este esporte sempre foi fascinante porque existem as batalhas dentro e fora das pistas”, explicou ele. “Quando tudo estava tranquilo demais, Bernie (Ecclestone) jogava alguma granada só para causar alguns estragos”.

“Agora, nós temos o próximo tópico que acabou de se incendiar. É bastante sério, se realmente for verdade. Vamos ver, creio que os chefes de equipe já comentaram demais porque obviamente houve perguntas”.

“Entretanto, é um processo no qual nós não temos nenhum envolvimento, só cuidamos de nossas próprias finanças, fornecemos todo o material aos auditores e eles julgam se acertamos ou erramos”.

“Depois, há um diálogo sobre as interpretações e suas justificativas. Eu acho que nós provavelmente deveríamos acalmar tudo e deixar Mohammed (ben Sulayem) e sua estrutura dizerem ‘esta é a situação real'”.