Wolff: Nenhuma equipe andará “um segundo à frente”

quinta-feira, 20 de janeiro de 2022 às 9:00

Toto Wolff

Toto Wolff não está preocupado com o risco de uma equipe dar um salto à frente de suas rivais com as novas regras de 2022, dizendo que a era de superioridades esmagadoras na Fórmula 1 terminou.

Nesta temporada, a categoria terá carros totalmente novos com efeito solo na esperança de produzir corridas mais acirradas.

Além disso, as equipes também estão operando com um teto orçamentário, $140 milhões em 2022, significando que os dias de duas ou três equipes gastando mais de $400 milhões ficaram no passado.

Os regulamentos financeiro e técnico têm um objetivo, equilibrar o pelotão. Com isso em mente, a equipe técnica da F1 revisou repetidamente as regras visando fechar quaisquer brechas que pudessem existir.

Tudo isso convenceu Wolff de que nenhuma equipe terá um carro um segundo mais rápido que o resto do pelotão.

“Eu acredito que o teto orçamentário vai harmonizar muitas coisas”, explicou o chefe da Mercedes em uma entrevista à Auto Motor und Sport. “Se alguém encontrar uma brecha e escapar, todos vão copiar”.

“Os carros serão bastante similares. Ainda pode haver diferenças no primeiro ano. Depois disso, tudo vai se equilibrar. Não haverá mais uma equipe andando um segundo à frente”.

Na última temporada, a sequência de títulos duplos consecutivos da Mercedes chegou ao fim quando Max Verstappen bateu Lewis Hamilton na disputa pelo campeonato de pilotos.

A Mercedes ainda foi campeã de construtores pela oitava vez consecutiva, apesar dos esforços da Red Bull no final da temporada para desenvolver seu carro e dar uma vantagem a Verstappen.

A Mercedes parou o desenvolvimento do W12 meses mais cedo, e isso levanta a questão de uma possível vantagem da equipe em 2022.

“Nós acreditávamos nisso no ano passado também”, disse Wolff. “Então o regulamento foi alterado e nossa vantagem de tempo desapareceu. A curva de desenvolvimento dos carros de 2022 está sendo tão acentuada no momento que você não pode prever quem se sairá melhor e será mais esperto”.

Com o teto orçamentário já vigorando na temporada passada, Red Bull e Mercedes não puderam se envolver na guerra de desenvolvimento que ocorreu em anos anteriores.

Wolff admite que, enquanto aqueles que gastavam mais de $400 milhões não ficaram felizes com isso, é melhor para a F1. Tanto que, para ele, a categoria pode ter “cinco ou seis” equipes lutando por vitórias nos próximos anos.

“É claro, as equipes com bolsos fundos não ficaram particularmente satisfeitas por terem perdido uma vantagem”, comentou ele sobre o teto orçamentário. “Mas tudo se degenerou em uma corrida armamentista entre Red Bull, Ferrari e nós. Agora, tudo será mais equilibrado”.

“Eu acredito que há cinco ou seis equipes que podem vencer no futuro. Isso é bom para o esporte. Não é sempre o mesmo time que vence o Super Bowl”.

LS - www.autoracing.com.br

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