Wolff: Não há solução melhor do que punições no grid

sexta-feira, 16 de setembro de 2022 às 9:53

Toto Wolff

Toto Wolff, chefe da Mercedes, acredita que as punições no grid são um mal necessário na Fórmula 1 porque qualquer outra solução alternativa seria manipulada pelas equipes.

A questão da perda de posições no grid sempre surge na época dos GPs da Bélgica e Itália, onde as equipes aproveitam as boas oportunidades de ultrapassagem proporcionadas pelos circuitos para instalar motores novos.

Na corrida do último fim de semana em Monza, nove pilotos foram penalizados por várias razões – incluindo troca de componentes da UP, caixas de câmbio novas ou advertências demais.

Contudo, houve bastante controvérsia quando fãs e equipes ficaram no escuro por quase quatro horas após a classificação antes de saber como a FIA aplicaria as punições e formaria o grid.

A situação também provocou sugestões de que a F1 precisa de um sistema melhor do que a simples perda de posições no grid pelas trocas de motor, mas Wolff não vê outra maneira de lidar com a situação.

“Nós devemos nos lembrar por que temos isso”, disse ele sobre o sistema de punições. “No lado do chassi, há o limite de custos que não existia antes. No lado do motor, ainda não há teto de custos”.

“Se não houvesse punições no grid, nós teríamos motores de classificação. E não cinco deles, mas 20! As equipes grandes e as fornecedoras gastariam o que quisessem para ter uma vantagem”.

“Então, é por isso que precisa haver um certo fator limitante que as impeça de fazer isso. Essa é a razão para as punições. Mas ficou complicado demais? Com certeza”.

Há sugestões de que um modo de preservar o grid seria simplesmente tirar pontos no campeonato de construtores por trocas de motor, mas Wolff questiona se isso funcionaria.

Ele acredita que, se as equipes começassem a perder pontos, isso abriria a porta para elas sacrificarem inteiramente o campeonato de construtores para ter motores mais potentes em todos os GPs visando ajudar seu piloto a conquistar o título.

“Um lado negativo poderia ser que o campeonato de pilotos é o que conta, e você fica trocando motores, perdendo muitos pontos nos construtores, mas conquista o título com um piloto porque ele tem uma UP nova em todas as corridas”.

Entretanto, Wolff admitiu que o número excessivo de trocas que as equipes têm sido forçadas a fazer neste ano é suficiente para gerar um debate sobre o limite atual de três componentes principais por piloto.

Porém, ele afirma que, independente do número que for estabelecido, as equipes sempre tentarão forçar as coisas até o limite para tentar maximizar oportunidades competitivas.

“Eu acho que nós precisamos reconsiderar quando o limite de motores entra em vigor, assim tudo aquilo (punições no grid excessivas) desaparece. Ainda assim, não queremos ter uma corrida armamentista nos motores”.

“Nós vamos aproveitar qualquer liberdade que tivermos e faremos ainda mais estrategicamente porque são só cinco ou 10 posições”.

“Nós vamos estourar um motor a cada corrida porque o novo será três décimos mais rápido que o anterior. Então, precisa haver uma certa barreira”.

 

LS - www.autoracing.com.br

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