Wolff: “Este carro não merece uma vitória”

Mercedes

Toto Wolff, chefe da Mercedes, descreveu a performance da equipe no GP de São Paulo como um “resultado imperdoável”.

A Mercedes teve um ritmo decepcionante durante a corrida curta de sábado devido à degradação de pneus, indicando dificuldades ainda maiores no evento principal.

Foi o que aconteceu, já que Lewis Hamilton e George Russell – que largaram em quinto e sexto, respectivamente – perderam posições ao longo da prova.

Russell foi forçado a abandonar no final quando a temperatura de óleo disparou, enquanto Hamilton chegou em oitavo mais de um minuto atrás de Max Verstappen.

Foi um grande contraste em relação às etapas anteriores nos Estados Unidos e México, onde Hamilton recebeu a bandeira quadriculada em segundo (antes de ser desclassificado em Austin).

Falando à Sky Sports F1, Wolff insistiu que foi um “resultado imperdoável” para a Mercedes.

“Horrível. Lewis sobreviveu na pista, mas George… Eu só posso lamentar pelos dois pilotarem uma coisa tão miserável. Isso mostra como o carro é difícil”.

“Ele está no fio da navalha, nós precisamos desenvolver melhor isso para o próximo ano porque não podemos ir do pódio, provavelmente com um dos carros mais velozes, para lugar nenhum dentro de sete dias”.

“O problema de George foi na UP e estávamos acima de todos os limites no arrefecimento. É a vida. Eu não tenho certeza se teríamos terminado nos pontos ou não”.

A Mercedes pode passar uma temporada sem vitórias pela primeira vez desde 2012, restando apenas dois GPs em 2023.

A equipe venceu no Brasil no ano passado – seu único triunfo desde a introdução do novo regulamento aerodinâmico da Fórmula 1.

“Este carro não merece uma vitória”, admitiu Wolff. “Acho que precisamos nos esforçar buscando a recuperação nas duas corridas finais”.

“Creio que isso é o mais importante, vamos ver o que podemos fazer em Las Vegas. É uma pista totalmente diferente e então Abu Dhabi, mas simplesmente nos faltou performance (no Brasil)”.

“A velocidade nas retas foi um problema, mas provavelmente não o fator principal. Não pudemos usar a asa maior com a base necessária e matamos os pneus, eles acabavam dentro de algumas voltas”.