Wolff e Horner em mais uma guerra de palavras

segunda-feira, 25 de julho de 2022 às 11:19

Toto Wolff e Christian Horner

Toto Wolff e Christian Horner ofereceram opiniões divergentes sobre as potenciais mudanças no regulamento para combater os quiques.

Em resposta ao fenômeno dos quiques visto nesta temporada, a FIA divulgou uma diretiva técnica que deverá entrar em vigor a partir do GP da Bélgica.

As equipes da Fórmula 1 talvez tenham de fazer alterações no assoalho para garantir a aprovação nos novos testes de flexão e podem ser forçadas a aumentar a altura do carro se for julgado que ele está quicando demais.

Entretanto, há discussões nos bastidores a respeito de uma solução permanente para os quiques na próxima temporada, incluindo mudanças nas regras do projeto.

O maior conflito de opiniões está relacionado a quantas alterações devem ser feitas para a campanha de 2023.

A Red Bull, que se deu bem com o novo regulamento deste ano, discorda publicamente de uma revisão, enquanto a Mercedes, que perdeu competitividade, quer ver mudanças.

No GP da França, Horner alfinetou a Mercedes sugerindo que “há uma pressão enorme” para que o regulamento do próximo ano sofra alterações significativas a fim de que “uma certa equipe possa andar com seu carro mais baixo e se beneficiar daquele conceito”.

Quando Wolff ficou sabendo das palavras de Horner durante uma conversa com a mídia, o austríaco minimizou sua importância.

“Eu acho que ele simplesmente está entediado na frente”, comentou ele. “Não sei ao que ele está se referindo, porque, no fim das contas, todos nós fazemos parte do mesmo circo, trabalhamos com os mesmos participantes”.

“Pressão… Ele não está pressionando? Ele fica sentado em seu escritório e não liga para ninguém?”

Ao ser questionado sobre a ameaça das equipes rivais tomarem uma ação legal, Wolff continuou: “Você se pergunta por que eles estão lutando tanto”.

“Eu leio na mídia que não é relevante, não é uma grande mudança, então por que eles estão lutando a ponto de ameaçar uma ação legal? Nenhuma equipe vai processar a FIA se ela decidir implementar algo por razões de segurança. Eu creio que é só pose”.

Quanto à incerteza atual sobre o regulamento do próximo ano e se a Mercedes aceitaria um compromisso, Wolff descreveu a situação como “negócios como de costume”.

“Há um problema inerente nos carros que nós não estamos vendo aqui, não vimos na Áustria nem em Silverstone porque são as pistas mais planas do ano – porém, ele não desapareceu”, afirmou ele.

“Os carros são rígidos demais e quicam, e se você perguntar aos pilotos, provavelmente a maioria – se o anonimato for preservado – vai concordar com isso”.

“Eu acredito que houve tal discussão entre os pilotos e também um resultado que ninguém comenta, e creio que nós veremos o que vai acontecer”.

“Não é uma questão de compromisso sobre o regulamento técnico, é um regulamento técnico que protege os pilotos. Se estes carros são muito rígidos e quicam demais, vamos fazer algo em relação a isso agora”.

“Claramente, você quer garantir que nada mude quando está andando na frente. Quando você não está na frente, quer muitas alterações”.

 

LS - www.autoracing.com.br

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