WEC – Bruno Senna lamenta toque: “Lugar errado, hora errada”

domingo, 1 de setembro de 2013 às 18:22

Bruno Senna

A quebra da suspensão traseira direita do Vantage, originada pela forte batida recebida por uma Ferrari, provocou o abandono de Bruno Senna nas 6 Horas de SP, quarta etapa do Campeonato Mundial de Endurance. A corrida deste domingo em Interlagos estava a ponto de fechar o primeiro terço quando o Porsche conduzido pelo alemão Körg Bergmeister freou forte na curva do Laranjinha para evitar o choque com uma Ferrari da classe AM. Sem espaço, Bruno bateu no Porsche e ainda recebeu o impacto do carro italiano. “Eu estava no lugar errado na hora errada”, comentou Bruno, que largou em 6º e ocupava a quarta colocação entre os modelos GTE Pro, cujo vencedor foi a Ferrari F458 dos italianos Giancarlo Fisichella e Gianmaria Bruni. A dupla chegou apenas 1,5 segundo à frente do Vantage do alemão Stefan Mücke e do inglês Darren Turner, após uma batalha acirrada na última hora. Entre os protótipos, deu a dobradinha da Audi, com o trio do alemão André Lotterer, do francês Benoit Trèluyer e do suíço Marcel Fassler completando 235 voltas, com três se vantagem sobre o dinamarquês Tom Kristensen, o francês Loic Duval e o escocês Allan McNish..

Depois da pancada, Bruno ainda se manteve na pista por mais duas voltas. “Nem sei se a Ferrari rodou sozinha ou se alguém deu nela”, disse, decepcionado com o episódio. A caminho do Mergulho, no entanto, perdeu o controle do Aston Martin e saiu da pista. Conseguiu voltar, mas a suspensão arriou. Sem alternativa, estacionou na ampla área de escape que margeia o circuito naquele ponto. “Cheguei a pensar inicialmente que era um pneu furado. Só vi que o problema era mais sério quando a suspensão quebrou de vez”, explicou.

A desistência prematura encerrou a primeira participação de Bruno em uma série de turismo depois das três corridas pela Fórmula 1 entre 2010 e 2012. E deixou sem resposta o potencial do Vantage 99, o esportivo da Aston Martin que pilotava em parceria com o inglês Rob Bell. “O carro estava competitivo. Não era o mais veloz, porque sofríamos um pouco nas retas com o excesso de asa traseira. Mas certamente isso traria um prêmio no consumo de pneus e aumentaria nossas chances”, observou.

Bruno disse ainda que as 6 Horas de SP, incluídas pelo segundo ano consecutivo no calendário do Mundial de Endurance, deixaram outra lição que precisará ser entendida nas próximas etapas. “Deu para ver que, mesmo numa corrida de longa duração, largar na frente é importante para escapar de confusões que sempre acontecem, principalmente nas relargadas. Além disso, o safety car ficou tempo demais na pista por causa do acidente com o protótipo da Toyota na Curva do Sol, a Ferrari do Vilander pegou fogo na minha frente, enfim, aconteceu muita coisa”, continuou. “Foi um fim de semana muito difícil”, resumiu.

Nos próximos sábado e domingo, ao lado de Stefan Mücke, do inglês Richard Abra e do australiano Mark Poole, Bruno correrá as 24 Horas de Barcelona pela equipe oficial da Aston Martin. Nesta segunda-feira, contudo, estará em Santiago do Chile atendendo a compromissos promocionais do fabricante britânico, que está comemorando seu centenário em 2013.

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