Verstappen defende hierarquia clara nas equipes de F1
segunda-feira, 22 de dezembro de 2025 às 9:24
Isack Hadjar e Max Verstappen
Enquanto Isack Hadjar se prepara para iniciar sua primeira temporada ao lado de Max Verstappen na Red Bull, o tetracampeão mundial deixou clara sua visão sobre o que realmente funciona no topo da Fórmula 1.
Falando à Viaplay, Verstappen analisou a temporada 2025 e afirmou que a McLaren acabou pagando um preço alto por não impor uma ordem clara entre seus dois postulantes ao título.
“Se eu fosse chefe de equipe, sempre estabeleceria um número 1 e um número 2”, afirmou Verstappen. “Quando você está sozinho, pode atacar mais e ser muito mais agressivo. Por isso, essa sempre foi a minha preferência”.

McLaren perdeu oportunidades estratégicas, avalia Verstappen
Na visão do holandês, a disputa interna entre Lando Norris e Oscar Piastri custou vitórias importantes à equipe de Woking. Como resultado, algumas decisões estratégicas acabaram sendo comprometidas.
“Como a McLaren tinha dois pilotos lutando pelo título, eles entregaram algumas oportunidades com a estratégia”, explicou. “Além disso, nós nos beneficiamos disso. Em certos momentos, a McLaren foi conservadora demais”.
Mesmo terminando o campeonato apenas dois pontos atrás de Norris, Verstappen insiste que a briga pelo título permaneceu aberta justamente porque a McLaren nunca escolheu um líder claro. Ainda assim, ele fez questão de reforçar que o segundo piloto continua tendo um papel essencial.
“O número 2 ainda precisa marcar pontos suficientes para o campeonato de construtores”, destacou.
A declaração ganha ainda mais peso quando se considera que, em 2025, a Red Bull dependeu quase exclusivamente da pontuação de Verstappen para se manter competitiva.
Hadjar chega à Red Bull com discurso realista
Esse contexto ajuda a explicar a promoção de Isack Hadjar para a temporada 2026. Para o CEO da Red Bull, Oliver Mintzlaff, a escolha segue a filosofia da equipe.
“Isack Hadjar ganha uma chance ao lado de Max. Isso combina com a Red Bull. Nós encontramos os melhores talentos para as melhores posições”, afirmou.
Porém, apesar da oportunidade, Hadjar não cria expectativas irreais. Em entrevista ao Formula Passion, o francês adotou um tom cauteloso e direto.
“Claro que quero ser tão rápido quanto Max. No entanto, é perigoso pensar que vou chegar à Red Bull e imediatamente correr no nível dele. A chance de competir com o Max é mínima”.
Diante disso, o piloto já traçou um plano claro para os primeiros meses.
“É melhor aceitar agora que serei mais lento no início”, explicou. “Assim, posso trabalhar em mim mesmo, estudar a telemetria dele e entender exatamente onde estou perdendo”.
Alain Prost elogia caráter e oferece apoio a Hadjar
Além do respaldo interno, Hadjar também recebe apoio de um nome histórico da F1. Em uma reportagem do Canal Plus, Alain Prost elogiou a personalidade do jovem francês.
“Ele tem uma personalidade muito forte. Por isso, não precisa se parecer com ninguém”, disse Prost. “Isso pode não agradar a todos. Ainda assim, é extremamente interessante observar como ele se comporta e principalmente as performances que surgem depois”.
Mais do que elogios, o tetracampeão também se colocou à disposição para ajudar Hadjar a lidar com a pressão do ambiente da F1.
“Nunca vou dar conselhos sobre acerto de carro”, brincou Prost. “Porém, sobre como gerenciar o que vivi, isso eu faço por você. Faço porque gosto de você”.
Dessa forma, a Red Bull inicia um novo ciclo com papéis bem definidos, uma hierarquia clara e um novato consciente do tamanho do desafio que terá ao lado de Verstappen.
alain prost, campeonato de construtores, campeonato de pilotos, comentar formula 1, estratégia na Fórmula 1, formula 1, hierarquia interna, Isack Hadjar, lando norris, max verstappen, mclaren, oscar piastri, red bull, temporada 2026
ATENÇÃO: Comentários com textos ininteligíveis ou que faltem com respeito ao usuário não serão aprovados pelo moderador.