Veja a descrição de uma volta completa em Xangai

sábado, 16 de abril de 2011 às 11:03

Confira abaixo a descrição de uma volta no traçado de Xangai, na China. O autor é o piloto austríaco Alexander Wurz

“O traçado em si é bastante típico dos desenhos de Herman Tilke, com uma ampla variedade de curvas, começando com as curvas 1 e 2, que se combinam para formar uma curva para a direita que parece que não acaba mais. Você chega em sétima marcha, a 300 km/h (186 mph), e só começa a frear quando já está virando o volante. Não dá para frear muito forte, por isso você precisa frear por um período longo, à medida que desacelera o carro até segunda marcha. Para ser rápido no circuito inteiro você precisa ter um carro de comportamento neutro, o que geralmente resulta em sair de traseira aqui”.

“Você faz a aproximação da curva 3 depois de um pequeno pulo colina abaixo. Ela é uma curva de esquerda que pode feita em primeira ou segunda marcha, dependendo da relação de marchas que você estiver usando. Neste ponto os pneus ainda estão sob bastante influência da longa primeira curva, por isso o carro escorrega muito e é difícil fazer uma saída boa, o que é muito importante, porque as curvas 4 e 5 são abertas e feitas de pé embaixo, sendo seguidas por uma reta”.

“A curva 6 é um grampo cujo maior desafio é acertar o ponto de frenagem, já que você chega a quase 300 km/h (186 mph). O ideal é cortar a tangência e colocar potência o mais cedo possível, para carregar o máximo de velocidade que puder para o rápido S esquerda-direita que se segue. Ele é feito de pé cravado em sexta marcha e você realmente consegue sentir o carro agarrando o asfalto”.

“Na saída desse S você já está quase imediatamente em uma curva dupla para a esquerda, as curvas 9 e 10. Elas são curvas muito importantes e muito pode ser ganho na entrada da primeira delas, feita em terceira marcha. A segunda é feita de pé embaixo, mas você precisa ser bastante preciso com sua linha”.

“Então você acelera até sexta marcha antes de frear a cerca de 90 metros, para uma curva fechada para a esquerda. Se você acertar seu carro para passar por cima da zebra ele ficará mole demais para a primeira parte da pista, por isso acho melhor evitar a zebra e perder meio décimo, que será mais do que compensado em outros pontos da volta. Este setor me lembra da Club de Silverstone, porque a pista vai imediatamente para a direita e você precisa dirigir o carro com o acelerador o tempo todo, até a saída”.

“A curva 13, para a direita, é longa e tem inclinação lateral. Ela é feita com facilidade de pé cravado, mas você precisa se concentrar porque é fácil acabar com os pneus se você aplicar muito travamento de direção. Segue-se a reta mais longa da pista, e você está passando de 320 km/h (200 mph) quando se aproxima do grampo. Este é o melhor ponto de ultrapassagem da volta e é fácil perder 2 décimos errando na freada, por isso você precisa se concentrar em levar o carro para a tangência”.

“A curva 15 é aberta e feita de pé embaixo, e subitamente você está na última curva, a 16. Ela é muito interessante, porque você pode carregar muita velocidade na tangência se conseguir encontrar o ritmo certo. Então você está de volta na reta dos boxes, para iniciar uma outra volta”.

EB – www.autoracing.com.br

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