Vasseur: Schumacher deve se concentrar na F2, não na F1

Mick Schumacher

Frederic Vasseur não dá nenhuma pista sobre se Mick Schumacher fará a sua estreia na Fórmula 1 com a Alfa Romeo em 2020. O presidente da FIA, Jean Todt, que conhece bem o pai de Mick, Michael, chamou esta semana ao piloto alemão de 21 anos de “inteligente, maduro e humilde”.

“Espero que ele tenha uma boa temporada na Fórmula 2”, disse Todt ao jornal Corriere della Sera. “Penso que ele terá uma carreira”.

O antigo piloto de F1 Nick Heidfeld disse recentemente que a Alfa Romeo é um destino óbvio para Schumacher, que é agora da nata da academia de juniores da Ferrari. Mas o chefe da Alfa Romeo, Vasseur, está por agora fora da “”silly season”.

“Foi um momento realmente estranho, com tudo isso acontecendo sem que um quilômetro fosse percorrido”, declarou, referindo-se aos recentes acontecimentos envolvendo Sebastian Vettel, Carlos Sainz e Daniel Ricciardo.

“Felizmente, estamos calados. Kimi (Raikkonen) ainda tem um contrato até o final do ano, veremos então. Não tenho que dizer a ninguém o quanto eles são valiosos, e Giovinazzi ficou mais forte no final da temporada”, comentou Vasseur ao jornal Blick.

Quanto à previsão de Heidfeld de um lugar de corrida em 2021 para Schumacher, afirmou Vasseur: “Todos podem ter a sua opinião e nós faremos a nossa coisa. Além disso, Mick deve se concentrar primeiro na sua carreira na Fórmula 2”.

Vasseur disse que a Alfa Romeo – antiga Sauber – vai resistir à atual crise econômica “graças às autoridades e ao dono (da equipe)”. “Graças aos proprietários, podemos manter todos os 500 empregados”, revelou ele. “Este apoio é único e muito reconfortante para o futuro. Porque ainda temos um longo caminho a percorrer”.

No entanto, repreendeu o comportamento de algumas equipes nos bastidores, no meio da crise do coronavírus. “Numa época em que a Fórmula 1 é sobre sobrevivência, conhece-se muito bem o caráter dos adversários”, disparou Vasseur.

“Fiquei surpreendido com a estreiteza de visão de alguns cavalheiros que, infelizmente, não conseguem ver o panorama geral. Muitos deles têm que compreender que o mundo poderia viver sem a Fórmula 1”, concluiu ele.

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