Vasseur precisou “pesquisar no Google” nome ligado à Ferrari

Frederic Vasseur

Frederic Vasseur, chefe da Ferrari, revelou que precisou pesquisar no Google o nome de um suposto novo contratado após rumores infundados circularem na imprensa italiana.

O episódio evidencia o impacto negativo das especulações sobre a estabilidade interna da equipe de Maranello.

Apoio interno diante da pressão externa

Antes do Grande Prêmio do Canadá, surgiram boatos de que Vasseur estaria com os dias contados na Ferrari.

A imprensa também associou a Scuderia à contratação de Enrico Balbo, chefe de aerodinâmica da Red Bull, o que teria causado inquietação nos bastidores da equipe italiana.

Durante a coletiva de imprensa oficial da FIA, Vasseur reagiu com ironia à situação.

“Saiu na imprensa que tínhamos contratado Balbo, mas tive de pesquisar no Google porque não o conhecia. Nunca o tinha visto antes”.

O francês aproveitou a ocasião para destacar a lealdade interna, reforçada pelas declarações de apoio dos pilotos Charles Leclerc e Lewis Hamilton, que defenderam seu trabalho.

“Distrações colocam a equipe em risco”, alerta Vasseur

Vasseur demonstrou preocupação com os efeitos colaterais desses boatos dentro da estrutura da Ferrari, principalmente para membros-chave da equipe.

“Imagine se Diego (Tondi), nosso chefe de aerodinâmica, visse isso na imprensa? Seria muito duro para ele não saber se é verdade ou não. Isso causa distrações”.

Ele enfatizou que, em um ambiente de altíssima competitividade como a Fórmula 1, qualquer perda de foco pode resultar em prejuízos nas pistas.

“Se estivermos distraídos ou não focados na coisa certa, perderemos”.

“Sabia onde estava entrando”, afirma o chefe da Scuderia

Ciente da pressão inerente ao comando da Ferrari, Vasseur encerrou o assunto com uma mensagem direta.

“Quando assinei pela Ferrari, sabia que não podia culpar ninguém além de mim mesmo. Se eu não quisesse esse tipo de história, era melhor ter ficado fora”.

Segundo ele, o mais prejudicial é ver a equipe sendo desgastada por histórias não confirmadas.

“Agora, todos os dias pessoas vêm ao meu escritório perguntando: ‘É verdade?’ A resposta é: ‘Não, não é verdade'”.