Um dos segredos do desempenho forte da Mercedes em Interlagos

Max Verstappen X Lewis Hamilton

Parece que todo mundo está impressionado com a velocidade em reta da Mercedes mostrada pela em Interlagos. Sim Hamilton tinha uma UP nova, mas ela não tinha nenhuma atualização de desempenho. Sim, a suspensão de dois estágios conseguiu funcionar em plena capacidade no Circuito José Carlos Pace.

Esses dois fatores ajudaram muito e a Mercedes já havia conseguido isso antes nessa temporada, por exemplo na Turquia.

Mas um outro elemento que faz com que o carro seja mais rápido em reta é a velocidade na qual ele sai da curva anterior a entra na reta. Isso depende de um fator fundamental, que é a tocada do piloto em relação ao superaquecimento dos pneus.

Quanto mais veloz um piloto consegue sair da curva que antecede as retas significativas de uma pista, mais rápido ele será nessas retas.

Por isso, Andrew Shovlin, diretor de engenharia de pista da Mercedes., explicou como a equipe concentrou seus esforços para garantir que seus pneus não superaquecessem em Interlagos, o que lhes permitiu manter o ritmo durante todo o fim de semana.

Lewis Hamilton conquistou uma vitória espetacular em Interlagos largando de P10 no grid de largada, depois de cumprir uma punição de cinco posições no grid por mais uma troca do motor de combustão interna instalado em seu carro na sexta-feira. Isso depois de ter feito uma corrida curta de classificação no sábado antológica, ultrapassando 15 carros em apenas na meia-hora que a corrida dura.

Questionado sobre se a Mercedes ou os rivais Red Bull tinham o pacote mais rápido no Brasil, Shovlin disse que sua equipe sentiu que estava em vantagem o tempo todo.

“Acho que este fim de semana foi nosso”, disse Shovlin. O carro estava funcionando bem em uma única volta. Tivemos bom ritmo nas condições mais frias na corrida curta de classificação e estávamos conseguindo manter os pneus na janela certa de temperatura.”

“Parte de poder montar uma recuperação como essa é conseguir evitar o superaquecimento dos pneus, porque isso tende apenas a neutralizar a sua vantagem e leva todos os carros parelhos para o mesmo ritmo.”

“Na corrida de domingo foi uma performance muito, muito forte em uma pista muito quente, que chegou a 50 graus centígrados. É um circuito agressivo e o carro ainda estava funcionando muito bem.”

“Termos conseguido manter a performance ao longo das várias sessões em tal variedade de condições foi realmente encorajador, quando você olha para os desafios que vamos enfrentar nas próximas três pistas.”

A superioridade da Mercedes foi uma surpresa?

Dado que a Red Bull foi claramente mais rápida apenas sete dias ante, no México, e que a Mercedes não se saiu muito bem quando a F1 visitou Interlagos pela última vez em 2019, Shovlin admitiu que a equipe não estava tão convencida de que seria mais forte indo para o Brasil.

“Depois do México, nós realmente não entramos em uma corrida pensando, ‘Esta será uma pista da Mercedes’, ou, ‘Esta será uma pista da Red Bull'”, disse ele.

“O que estávamos vendo, vindo para cá, era que estávamos muito sem brilho em 2019 com um carro que geralmente era muito forte.”

“Então o foco realmente sempre esteve na direção do acerto de carro. Cometemos algum erro naquele ano? Quais foram os problemas que estávamos sofrendo durante a corrida? Como vamos encontrar o desempenho?

“Mas quando você olhou para o pacote real que temos, o pacote aerodinâmico, o pacote mecânico, a UP, não estávamos encontrando respostas para a pergunta de por que fomos tão pobres em 2019.”

“O foco estava muito em tentar lançar um carro que pudesse competir e conseguir a pole position. Foi encorajador ver que fomos capazes de fazer isso.”

“Mas depois de uma corrida fraca de dois anos atrás, você sempre fica reticente em dizer que vamos a algum lugar e seremos fortes.”