Tsunoda “à beira do abismo” antes do teste na Red Bull

Yuki Tsunoda

Yuki Tsunoda acredita que estar “à beira do abismo” o tornou um piloto mais forte, fazendo um discurso agressivo antes de seu teste na Red Bull.

O japonês participará do teste de pós-temporada em Abu Dhabi pela Red Bull, a primeira vez que ele pilotará uma máquina contemporânea da equipe enquanto busca a promoção para ser companheiro de Max Verstappen em 2025.

Espera-se que o titular Sergio Perez seja dispensado após uma péssima temporada, com uma reunião planejada para os principais membros da Red Bull visando discutir os próximos passos.

Acredita-se que Liam Lawson parece ser o favorito, com a Red Bull não esclarecendo os motivos para não favorecer Tsunoda, que acabou de completar seu quarto ano na Fórmula 1 e superou Lawson e Daniel Ricciardo antes de sua demissão.

Existem dúvidas sobre a mentalidade, o feedback e os palavrões no rádio de Tsunoda, preocupações que lhe foram apresentadas após o GP de Abu Dhabi, mas ele as descartou.

“Mesmo em 2024, na primeira corrida, tive alguns problemas com Daniel e me senti como uma criança, mas terminei em Abu Dhabi com uma mentalidade completamente diferente”, explicou ele à mídia.

“A abordagem é completamente diferente, e se você falar sobre pressão, eu fui pressionado em todas as corridas da temporada, sempre estive à beira do abismo e isso realmente me deixou mais forte”.

“Mas, ao mesmo tempo, melhorei mais do que qualquer outro piloto, e posso dizer isso em alto e bom som”.

“Em uma situação de teste, para ser justo, é difícil ver minhas limitações, mas obrigado por perguntar sobre o rádio. Por favor, reveja as últimas 24 corridas e quantas vezes eu gritei, talvez tenha sido apenas na primeira”.

“Não acredito que eles podem reclamar muito do rádio, e olhando os outros pilotos, definitivamente fiquei mais calmo e me concentrei no que posso fazer”.

Tsunoda também destacou a força de seu feedback técnico para melhorar o carro.

“Como eu disse ao longo da temporada, dei uma demonstração muito boa e ela começou no Bahrain”, acrescentou ele. “Todos provavelmente esperavam que Daniel estivesse na Red Bull e eu ainda consegui melhorar”.

“Obviamente, eu poderia ter me saído melhor em algumas provas, mas ao mesmo tempo, fui consistente em como consegui extrair performance do carro em comparação com meus companheiros de equipe”.

“Se meu feedback fosse ruim, a equipe não deveria ter conseguido melhorar assim e marcar tantos pontos, mas é óbvio que ainda há espaço para melhorar. Ainda não sou um piloto perfeito, não estou 100% em forma, mas posso provar isso”.