Treinos livres abrem sétima etapa do Moto 1000 GP em Campo Grande

Luciano Ribodino

A sexta-feira (15) foi de atividade intensa no Autódromo Internacional de Campo Grande (MS), onde neste fim de semana será realizada a sétima e penúltima etapa do Moto 1000 GP. Esta é a primeira vez que a competição, homologada este ano como Campeonato Brasileiro de Motovelocidade, visita a capital sul-mato-grossense, o que deve acirrar ainda mais as disputas, uma vez que grande parte das equipes e pilotos nunca andou nesse traçado.

Os treinos livres, divididos em duas sessões, deram início aos trabalhos nas cinco categorias. Pela GP 1000, a principal categoria do evento, o piloto mais rápido do dia foi o atual campeão Luciano Ribodino, que também lidera a tabela de classificação nesta temporada. O argentino, piloto da Alex Barros Racing, fez sua melhor volta na segunda sessão, e marcou o tempo de 1min29s914. Ele foi seguido de outro argentino, Diego Pierluigi, da equipe JC Racing Team, que fez a marca de 1min30s023. O piloto português Miguel Praia, da Center Moto Racing Team, fechou a lista dos três mais rápidos do dia na GP 1000 com o tempo de 1min30s579.

Vice-líder da classificação geral e ainda na disputa pelo título da categoria, foi de André Paiato o melhor tempo do dia na GP Light. O piloto da Alex Barros Racing cravou 1min31s537 seguido de Henrique Castro, da BSB Motor Racing, com 1min32s530 e de Davi Costa, JC Racing Team, que fez 1min33s904. Dividindo o grid da GP Light, a GP Máster também conheceu os melhores tempos do dia. Foi de Sidnei Scigliano, da Motrix Sciglino Racing a melhor marca, com 1min36s111. Na segunda posição ficou Egon Kothy, da GP Rio, seguido de Victor Braga, da SBK Brasil, com os tempos de 1min38s114 e 1min39s770, respectivamente.
Pela categoria GP 600, o mais rápido foi Nicolas Tortine. O argentino, piloto da MGBike Yamaha Racing, que ficou em quarto na primeira sessão, fechou o dia com o tempo de 1min33s850 e deixou para trás o uruguaio Maxi Gerardo, da Grinjets SBK Racing , que marcou 1min33s901, seguido de outro argentino: Sergio Fasci, companheiro de equipe de Tortone, com sua melhor volta feita em 1min34s154.

Na GPR 250, categoria de formação de pilotos no Moto 1000 GP, quem fez o melhor tempo do dia foi Pedro Sampaio, da equipe Fábio Loko. O piloto gaúcho marcou em sua melhor volta entre a primeira e segunda sessão livre o tempo de 1min53s656 e ficou à frente de Meikon Kawakami, que marcou sua melhor volta em 1min54s753. Gabriel da Silva, da equipe DSP Competicion fez 1min55s966 e fechou a lista dos três primeiros colocados.

O terceiro e quarto treino livres para todas as categorias acontecerão na manhã deste sábado à partir das 10h15. Os treinos classificatórios, que definirão a ordem de largada das corridas de domingo (17), estão previstos para começarem às 15h30. Os horários são de Brasília, uma hora a mais do fuso horário local.

“Dá água para o vinho”, dizem pilotos do Moto 1000 GP sobre a melhoria da pista de Campo Grande

Os treinos extras da quarta-feira (13) que iniciaram os preparativos para a penúltima etapa do Moto 1000 GP 2013, neste domingo (17), no Autódromo Internacional de Campo Grande (MS), ficaram marcados pela má condição da pista após os reparos efetuados pela prefeitura local, a pedido dos organizadores do evento. Os pilotos que treinaram naquele dia criticaram a condição da pista. Nico Ferreira, brasileiro radicado na Espanha, inclusive, culpou o mau estado da mesma pela queda sofrida.

O que ocorreu é que não houve tempo hábil entre o término da reforma e os treinos da quarta-feira, o que deteriorou o novo piso, que passou a soltar pedrinhas. O tempo de cura foi insuficiente, explicaram os técnicos. A organização do Moto 1000 GP interrompeu os treinos daquele dia, para que uma nova selagem fosse realizada. O processo resume-se à compactação com rolo compressor e aplicação de água em seguida, proporcionando uma “soldagem das camadas”.

O resultado foi ótimo. Nico Ferreira, que compete pela HPN Racing Team na GP 1000, foi um dos primeiros a reconhecer a mudança de pista. “Está bem melhor que antes, melhorou o grip, está mais segura”, considerou. O argentino Luciano Ribodino, da Alex Barros Racing, líder da categoria principal e que pode sair de Campo Grande com o bicampeonato se conseguir um terceiro lugar, também se disse surpreso com a mudança. “Mudou bastante para melhor. Os pneus não desgarram, há um bom grip. Mas dá para melhorar ainda, pois está um pouco suja fora dos trilhos”.

Mas é de Renato Andreghetto, da Petronas Eurobike SBK Team, líder da GP Light, que também pode ser campeão no domingo, o maior entusiasmo com as mudanças no piso. “É outra pista”, define. “Na quarta-feira era impossível andar, não tracionava, era perigosa, hoje já deu para virar tempo, andar com segurança. Mudou 90 por cento para melhor. Mudou da água para o vinho”, comparou.