Toto Wolff sente falta da rivalidade com Christian Horner

sábado, 30 de agosto de 2025 às 14:44

Toto Wolff e Christian Horner

Em uma conversa descontraída durante o GP da Holanda, Toto Wolff revelou que, de certa forma, sente falta da rivalidade com Christian Horner.

Após a saída do ex-chefe da Red Bull, que aconteceu logo após o GP da Inglaterra em julho, a Fórmula 1 ficou sem uma das rivalidades mais intensas e marcantes da história recente da categoria.

Nos últimos anos, Horner e Wolff, ao lado de suas equipes, tornaram-se protagonistas de um confronto épico, especialmente durante a disputa de 2021, quando Max Verstappen e Lewis Hamilton travaram uma batalha acirrada pelo título.

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Nesse cenário, as tensões não se limitaram à pista, mas frequentemente transbordaram para fora dela, envolvendo críticas públicas e declarações explosivas.

A rivalidade com Christian Horner: uma dupla de protagonistas

Horner, um dos maiores nomes da Red Bull, sempre foi um adversário formidável para Wolff. Com sua abordagem agressiva e irreverente, Horner ajudou a consolidar a equipe como uma das mais fortes da F1, tornando-se uma figura polêmica, tanto dentro quanto fora das pistas.

Em particular, a rivalidade com Wolff foi marcada por disputas acaloradas em que ambos não hesitaram em trocar farpas.

Embora Wolff tenha manifestado, de forma até surpreendente, respeito pelo legado de Horner, ele também reconheceu que as diferenças de perspectiva entre eles sempre foram evidentes.

“Ele sempre foi um ótimo inimigo, alguém que tornava as coisas mais interessantes”, disse Wolff. “Sua saída deixa a F1 um pouco mais tranquila, mas ao mesmo tempo, é estranho não ver Christian por aqui”.

A chegada de Laurent Mekies e o novo capítulo da Red Bull

Com a partida de Horner, Laurent Mekies assumiu o comando da Red Bull. Apesar de ambos serem figuras diferentes, Wolff destacou que o novo chefe da equipe tem se mostrado pragmático e construtivo.

A mudança trouxe uma sensação de renovação, permitindo que a Red Bull abrisse caminho para uma nova fase, caracterizada por uma abordagem mais colaborativa.

“Com Laurent, agora podemos olhar para o futuro de maneira mais tranquila”, explicou Wolff. “A dinâmica é bem diferente, mas ao mesmo tempo, permite um ambiente mais focado na estratégia de longo prazo”.

Wolff ainda ressaltou que, enquanto Horner costumava ser um antagonista ardente com quem as discussões eram muitas vezes intensas, a relação com Mekies é mais serena e voltada para o crescimento coletivo da F1.

A importância de personagens polêmicos na F1

Para Wolff, a F1 sempre precisou de grandes personalidades que gerassem tanto entusiasmo quanto controvérsias.

Durante a entrevista, ele explicou que figuras como Horner, com sua postura desafiadora, são essenciais para manter a dinâmica do esporte. Afinal, sem personagens que dividem a opinião pública, a F1 perderia parte de sua magia.

“O esporte precisa de adversários fortes, de grandes personagens, sejam bons ou maus”, disse Wolff.

“No passado, tivemos figuras como Flavio Briatore e Bernie Ecclestone que criaram agitação em torno da F1. Christian se encaixava nesse papel com perfeição. Ele adorava ser o vilão, e de certa forma, isso era bom para a categoria”.

Com a saída de Horner, Wolff fez uma observação um tanto irônica: “Agora, o ‘mau’ se foi, eu e Fred (Vasseur) somos os únicos remanescentes. A F1 precisa disso – de figuras que não tenham medo de se expor”.

Conclusão: a F1 sem Christian Horner

A saída de Horner certamente mudou a cara da F1. No entanto, como Wolff destacou, é essencial que novos líderes surjam com a mesma autenticidade e presença de palco que Horner trouxe à categoria.

“Você não pode forçar esse tipo de personagem. Eles precisam crescer naturalmente”, concluiu Wolff, refletindo sobre a necessidade de novas figuras que continuem a alimentar a rivalidade e o drama na categoria.

 

LS - www.autoracing.com.br

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