Toto Wolff diz que a Fórmula 1 em 2026 será fascinante

Toto Wolff

A Mercedes dominou a era dos motores V6 híbridos com maestria por muitos anos. No entanto, a equipe acabou perdendo fôlego quando a categoria adotou os carros com aerodinâmica de efeito solo. Toto Wolff teve seu contato inicial com o projeto para a nova temporada e acredita que a Fórmula 1 em 2026 será fascinante. O campeonato contará com mudanças drásticas no regulamento técnico. Veremos carros totalmente novos no grid equipados com sistemas de aerodinâmica ativa e motores revisados.

O chefe da equipe Mercedes foi direto ao resumir o futuro. De fato, o DRS acabou e o MGU-H também sairá de cena. Teremos carros mais leves e pneus menores nas pistas de todo o mundo. Por outro lado, a categoria dará as boas-vindas ao “Modo Ultrapassagem” e ao “Modo Boost”. Essas tecnologias permitem aumentos de potência durante as disputas por posição. Vale destacar que o “Modo Ultrapassagem” funcionará apenas onde existia uma zona de DRS em 2025.

A aerodinâmica ativa representa uma das novidades mais intrigantes do conjunto técnico. Os pilotos poderão ativar as asas dianteiras e traseiras conforme a necessidade em curvas ou retas. Certamente estamos diante de um mundo novo na categoria máxima. Wolff viu o Mercedes W17 no simulador e reforçou que o projeto é fascinante. Faz duas semanas que a base de Brackley se despediu do seu motor V6 híbrido tradicional. Essa unidade de potência garantiu sete títulos de pilotos e oito de construtores para a equipe. Recentemente, a McLaren aumentou esses números com a dobradinha nos campeonatos deste ano.

O impacto das mudanças na Fórmula 1 em 2026

A Mercedes não conseguiu repetir o sucesso anterior por causa do chassi na era do efeito solo. Esse conceito nunca foi vencedor para o grupo alemão, mas a Fórmula 1 em 2026 abre novas portas. Wolff vislumbrou esse futuro e gostou do que viu no simulador. Ele relembrou em conversa com a conta oficial da equipe: “Tivemos um período de muito sucesso durante esses anos, conquistamos oito campeonatos, mas tivemos anos difíceis depois disso”.

Essa era vitoriosa chega ao fim carregada de memórias positivas. Segundo o dirigente, agora a categoria inicia a verdadeira era híbrida. Os novos motores serão 50% elétricos e usarão combustível sustentável. Tal mudança eleva o nível de inovação para um patamar inédito no esporte. Por isso, ver o carro em ação no simulador trouxe entusiasmo ao dirigente austríaco. Muitos apontam a Mercedes como a favorita para ter o melhor motor na Austrália. Apesar disso, Wolff tratou de minimizar qualquer expectativa exagerada sobre o desempenho inicial.

O gestor afirmou no podcast Beyond The Grid que nunca possuiu essa confiança plena. “Somos pessoas que veem o copo meio vazio, nunca meio cheio”, disse ele. Além disso, ele acredita que a competição começa dentro de casa. A McLaren foi a melhor equipe deste ano utilizando a unidade de potência alemã. Portanto, se o motor por acaso for superior, a Mercedes ainda precisará superar Williams, McLaren e Alpine. Algumas rivais tiveram mais tempo de desenvolvimento no túnel de vento devido à posição no campeonato. Outros fabricantes podem apresentar inovações que ninguém viu ainda. Wolff ignora boatos, pois prefere focar no trabalho interno – e não em “fofocas de cabelereiro” –  para garantir o sucesso na Fórmula 1 em 2026.

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Mitos desmentidos

Wolff espera também que os incrédulos tenham entendido de uma vez por todas que equipes clientes podem vencer títulos com motores de outras fabricantes.

A Red Bull venceu quatro títulos seguidos com motores Renault enquanto a própria Renault corria como equipe, assim como a McLaren venceu dois títulos com motores Mercedes correndo contra a própria Mercedes.

“Os motores sempre foram e continuarão sendo exatamente iguais para as clientes. O regulamento é claro quanto a isso, assim como o contrato que as fabricantes têm com suas equipes clientes. O resto é mito, sempre foi desde que eu estou na Fórmula 1”, finalizou o austríaco.