Wolff desabafa sobre a Mercedes: “Farto das mesmas explicações”

Toto Wolff

Toto Wolff não esconde mais sua frustração. Após mais uma corrida decepcionante, o chefe da Mercedes afirmou estar “farto” de repetir as mesmas justificativas para o comportamento inconsistente do W15.

Embora a vitória no Canadá tenha animado a equipe, a realidade voltou com força total no Red Bull Ring. George Russell, que largou com expectativas altas, cruzou a linha apenas em quinto lugar.

Enquanto isso, Lando Norris venceu com autoridade, abrindo impressionantes 62 segundos de vantagem sobre o piloto da Mercedes. Para piorar, Russell confessou que a corrida foi ainda pior do que ele imaginava.

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Calor, pista agressiva e falhas recorrentes

A performance ruim, no entanto, não foi por acaso. Na Áustria, os problemas crônicos do W15 ficaram evidentes.

Por um lado, o calor extremo – com temperaturas de pista próximas dos 50 °C – agravou o já conhecido desgaste excessivo dos pneus. Por outro, o traçado técnico e a superfície ondulada do Red Bull Ring expuseram as limitações do carro em curvas de alta velocidade.

Como resultado, a Mercedes enfrentou enormes dificuldades para encontrar ritmo e equilíbrio. E, conforme Wolff admitiu, essa oscilação tem sido desgastante até para os engenheiros mais experientes da fábrica em Brackley.

Silverstone pode virar o jogo – mas só se o clima ajudar

Apesar disso, há motivos para algum otimismo. Historicamente, o W15 se comporta melhor em pistas com asfalto mais liso e temperaturas amenas.

Não por coincidência, a equipe brilhou em Las Vegas no ano passado, conquistando uma dobradinha sob o frio noturno do deserto.

Por esse motivo, Silverstone – com clima tradicionalmente britânico – surge como uma oportunidade valiosa. Antes do fim de semana, Wolff foi informado de que a previsão para o GP da Inglaterra indica máximas de 19 °C e 50% de chance de chuva.

Sua resposta foi imediata e carregada de ironia: “Nós vencemos”, disparou, antes de completar. “Pelo menos vou poder usar um suéter – o que, aparentemente, melhora o desempenho do carro”.

O desabafo: um ciclo que parece não terminar

Logo em seguida, o austríaco foi ainda mais direto ao descrever sua exaustão diante da situação: “Estou cansado das mesmas explicações. Falo que aprendemos, que vamos melhorar, mas nada muda. É um Dia da Marmota constante”.

Apesar disso, ele reforçou que a equipe conseguiu isolar alguns fatores a partir dos dados coletados em Barcelona e Montreal. Segundo ele, a configuração errada na Áustria comprometeu completamente o equilíbrio mecânico do carro.

Wolff ainda acrescentou: “Seria dramático se estivéssemos brigando pelo título, o que não é o caso. Por isso, vamos investigar, entender profundamente e seguir para Silverstone com tudo o que temos”.