Testes de coberturas contra respingos adiados: “Muito caro”

Nikolas Tombazis

A Fórmula 1 está trabalhando em um novo desenvolvimento para reduzir os respingos de água que saem de baixo dos carros. Eles querem fazer isso colocando coberturas ao redor das rodas em tempo chuvoso. O teste destas peças só foi adiado por razões de custo.

O spray cria pouca visibilidade para os pilotos, o que por sua vez cria situações perigosas e muitos atrasos nas sessões. O novo conceito foi testado em Silverstone no início deste ano, mas não obteve os resultados desejados.

Outro teste estava previsto para acontecer no mês passado, mas foi adiado para maio próximo a pedido das equipes devido aos desafios logísticos no final da temporada e às implicações de custos.

O diretor de monopostos da FIA, Nikolas Tombazis, disse ao Motorsport.com que eles estão felizes em ouvir das equipes como os testes devem ser conduzidos. “Obviamente, para estes testes, temos o apoio das equipes que fazem o trabalho, nós próprios não temos carros. A obra planejada iria acontecer no início de novembro, mas a disponibilidade de peças e a capacidade de produção das equipes envolvidas obrigavam a que tudo fosse fornecido externamente – e isso teria sido muito caro”.

“Então, elas perguntaram se poderiam adiar o teste até a primavera para reduzir seus custos. Achamos que isso era sensato. Do ponto de vista técnico eu teria preferido já ter feito isso, é claro, se não fosse muito caro”, prosseguiu.

Segundo o diretor, é impossível produzir coberturas que evitem completamente respingos de água, mas há muito espaço para melhorias. Crucial nesta situação é obter uma melhor compreensão da quantidade de spray lançada pelo difusor dos atuais carros de efeito solo.

“O que ainda temos dúvidas é qual proporção se deve ao difusor geral e à sucção de água da pista, que é algo claramente que essa coisa não vai consertar, e quanto disso se deve às rodas”, explicou ele.

Se os testes de maio mostrarem que as coberturas das rodas não são a solução contra os respingos dos carros, então uma ação diferente precisa ser tomada para consertar isso. Se os testes forem bem-sucedidos, poderemos começar a ver esta solução em ação já em 2025 ou 2026.