Szafnauer detona a Renault após sua demissão
terça-feira, 15 de agosto de 2023 às 9:54Otmar Szafnauer, ex-chefe da Alpine, criticou a companhia mãe Renault depois de sua saída da equipe.
Szafnauer deixou sua posição após o GP da Bélgica junto com o diretor esportivo Alan Permane como parte de uma grande reestruturação no gerenciamento.
Laurent Rossi também perdeu seu cargo de CEO e foi colocado em “projetos especiais”, sendo substituído por Philippe Krief, enquanto Bruno Famin assumiu provisoriamente o comando da equipe de Fórmula 1.
“A companhia mãe queria ter muito controle em várias áreas da equipe de corrida”, disse Szafnauer à SiriusXM.
“Mais do que eu já havia visto: a área comercial, marketing, recursos humanos, finanças, comunicação, todas as coisas não sob o meu comando, mas ao meu redor, controladas por outras pessoas na organização maior; todos agem como militares e nós temos de ser piratas para vencer”.
“Então, todo o resto poderia ser igual – carros, pilotos, motores, conhecimento dos pneus – mas a diferença é que, na Red Bull, os aspectos comerciais, recursos humanos, comunicação e finanças – principalmente agora com o teto orçamentário – estão sob o comando de Christian (Horner)”.
“Adivinhe quem vai vencer? A Red Bull. Quando você analisa dessa maneira, é realmente fácil de entender. Se você não encarar assim, pode se convencer que ‘tudo bem, não há problema se os recursos humanos não estiverem sob o comando do chefe da equipe'”.
“Mas certamente é um problema porque se você vai contratar alguém, precisa redigir o contrato em um dia, é o que fazemos na F1. Não pode demorar duas semanas porque, nesse caso, aquele funcionário especial vai para outro lugar. Nós temos de ser piratas”.
Szafnauer se juntou à Alpine no começo da temporada passada após a demissão de seu antecessor Marcin Budkowski, mas sua saída deixou questões sobre o rumo da operação de F1.
“Eu creio que o gerenciamento da Renault, o CEO Luca de Meo, quer sucesso instantâneo como todos na F1, e infelizmente não é como funciona”, acrescentou Szafnauer.
“Então, eu expliquei que isso exige tempo e o processo para chegar lá. Estando nas corridas há 34 anos – 26 deles na F1 – creio que falo com um grau de experiência quando digo ‘isso é o necessário para levantar uma equipe’, e eles queriam mais rápido do que é possível”.
“Eu não consegui concordar com um prazo irrealista porque é apenas uma questão de tempo para todos ficarem frustrados, então apresentei um plano bastante realista e possível, mas creio que eles quiseram um atalho para esse plano com outra pessoa”.
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