Symonds culpa a Mercedes por “exagero” da FIA nos quiques

Lewis Hamilton

Pat Symonds, diretor técnico da Fórmula 1, culpou a Mercedes pelo “exagero” da FIA visando reduzir os quiques no início da temporada passada.

A Mercedes reclamou bastante após o GP do Azerbaijão de 2022, quando Lewis Hamilton pareceu sair de seu carro com uma severa dor nas costas.

A FIA reagiu introduzindo uma série de mudanças nas regras, incluindo o estabelecimento de uma métrica para limitar os quiques dos carros. Porém, Symonds acredita que as equipes deveriam ter combatido o problema sozinhas.

“Eu acho que eles (FIA) tiveram uma reação um pouco exagerada depois de Baku”, declarou Symonds à Auto Motor und Sport. “Em Baku, nós vimos os piores efeitos porque uma equipe tentou algo que não funcionou e então fez muito barulho”.

“Se eles (FIA) não tivessem interferido, os problemas teriam sido resolvidos. A maioria das equipes agora compreende como controlar os quiques”.

O fenômeno surpreendeu várias equipes apesar de já ter ocorrido quando os primeiros carros com efeito solo foram introduzidos no final dos anos 70 e começo dos 80.

Symonds também diz que simplesmente se esqueceu do problema depois de trabalhar naqueles carros durante sua carreira de engenheiro na F1, mas ele acha que isso poderia ter sido visto nas simulações de computador.

“Eu preciso admitir que o problema não estava em nosso radar, mas poderia ter sido reconhecido”, continuou Symonds. “Nós tínhamos os meios para descobrir com antecedência porque estávamos trabalhando com simulações dinâmicas”.

“Eu também deveria saber porque costumava trabalhar nos carros com efeito solo. Eu simplesmente havia me esquecido, mas sem dúvida os quiques mudaram as coisas”.

“As equipes tiveram de solucionar esse problema antes de trabalhar em sua aerodinâmica. Os quiques não são um problema puramente aerodinâmico. Também há muita mecânica envolvida; a rigidez da suspensão, por exemplo”.