Stella vê geração atual de pilotos como a melhor da história

Andrea Stella

Andrea Stella, chefe da McLaren, avalia que a atual geração da Fórmula 1 alcançou um nível técnico raríssimo. Seu comentário chega justamente em meio à disputa intensa pelo título entre Lando Norris e Oscar Piastri.

Os números reforçam essa visão. Afinal, 10 pilotos venceram corridas e 10 conquistaram poles. Mais ainda: 15 já subiram ao pódio. Consequentemente, apenas Yuki Tsunoda e os estreantes Oliver Bearman, Liam Lawson, Gabriel Bortoleto e Franco Colapinto ainda buscam resultados de elite.

O GP de São Paulo trouxe outro sinal claro desse equilíbrio. Em Interlagos, os 10 carros do Q3 – representando sete equipes – ficaram separados por apenas 0.528s.

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Além disso, tanto o Q1 quanto o Q2 registraram diferenças quase idênticas entre os 14 primeiros. Portanto, a compactação do pelotão ficou evidente.

Stella analisou o cenário com entusiasmo. Para ele, a combinação de equilíbrio e talento é inédita: “Quando observamos esta temporada e a qualidade dos pilotos, não me lembro de outra em que o grupo fosse tão forte”.

Uma batalha de gerações e formação refinada

Norris, campeão da F3 Europeia e vice da F2, enfrenta Piastri, dono dos títulos da Fórmula Renault Eurocup, da F3 e da F2. Contudo, Stella enxerga algo ainda maior: segundo ele, sete ou oito pilotos do grid têm capacidade real de conquistar o campeonato mundial.

Contudo, essa visão não surge por acaso. Para o italiano, o nível das categorias de base mudou drasticamente. Portanto, os talentos chegam mais preparados.

Stella explica que a formação atual começa muito cedo. Desde o kart, os jovens trabalham com dados avançados. Depois, treinam com métodos profissionais ainda na adolescência. Assim, a preparação evolui de forma constante e reduz as diferenças técnicas no topo.

“Essa nova geração é impressionante. Temos sete ou oito pilotos em nível de campeão mundial. Isso talvez nunca tenha acontecido”.

“As categorias juniores elevaram o padrão e prepararam esses talentos com precisão. Por isso, o pelotão está tão compacto e no fim tudo se decide naquele último um por cento”.